Para delírio total de sua fanática e onipresente torcida, a Polônia se sagrou neste domingo, depois de 40 anos de jejum, campeã mundial de vôlei. A Seleção Brasileira masculina, por outro lado, ficou com o vice-campeonato e deixou o sonho do tetra para a próxima vez. A vitória dos poloneses ocorreu de virada por 3 sets a 1 (18/25, 25/22, 25/23 e 25/22).
Com um primeiro set arrasador e confiante, tudo indicava que o roteiro do jogo seria diferente para o Brasil. A Polônia, contudo, dispersou o nervosismo e voltou para a partida melhor, variando suas jogadas. Para cada ponto brasileiro, havia um polonês e assim foi até o momento em que eles abriram a vantagem que chegou a ser de quatro pontos.
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O “toma lá, dá cá”, permeado por ralis emocionantes, terminava sempre nas mãos de Mika, o grande destaque e maior pontuador do jogo, com 22 pontos anotados. Por parte do Brasil, Lucarelli estava afiado, ainda que falhasse em momentos decisivos e o oposto Wallace assumiu o comando do ataque. Os dois foram os maiores pontuadores da equipe, com 18 bolas no chão.
O Brasil errou muito quando não podia: desperdiçou saques e não conseguia encaixar o bloqueio. Nem mesmo Lipe, quando substituía Murilo para forçar o saque, conseguia debilitar o ataque polonês. A torcida vaiava, pressionava e, por fim, o grito da “Polska” prevaleceu.
Bernardinho desabafa
Em entrevista ao SporTV, o técnico do Brasil, Bernardinho, comentou sobre possível “perseguição” da FIVB (Federação Internacional de Vôlei). Segundo o treinador, um dos indícios disso será a presença de árbitros que já haviam prejudicado o Brasil na Liga Mundial — na qual a seleção também ficou em segundo lugar. “Preocupa muito o futuro do vôlei brasileiro”, disparou, para em seguida admitir: “Perdemos porque eles jogaram mais bola, jogaram inteligentemente”.