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Kaká está de volta ao São Paulo. E, segundo ele mesmo diz, louco para jogar. O novo camisa 8 tricolor foi apresentado ontem, diante de mais de 25 mil torcedores no Morumbi. O meia volta ao clube em que foi revelado para o futebol, em 2001, depois de 11 anos.
“Eu estou muito feliz. Não vejo a hora de jogar, minha família e meus filhos também. Obrigado a todos, porque foi um momento muito especial. Não sei quando vou jogar, mas será o mais rápido possível”, falou o jogador de 32 anos, que está emprestado ao São Paulo até o dia 31 de dezembro pelo Orlando City, dos Estados Unidos.
A intenção do Tricolor é que a reestreia de Kaká aconteça no próximo dia 19, quando a equipe recebe a Chapecoense, no Morumbi, pela 11ª rodada do Campeonato Brasileiro.
Eleito melhor jogador do mundo em 2007, Kaká jogou no São Paulo até 2003, quando foi para o Milan. Na Itália, viveu o auge da carreira e migrou para o Real Madrid em 2009. Voltou ao Milan em 2013, e foi negociado com o Orlando, que o emprestou ao Tricolor.
Kaká revela que abriu mão de dinheiro
Um dos pontos mais focados por Kaká em sua coletiva de imprensa de apresentação no São Paulo foi os vínculos longos que ele procura manter com seus clubes e que isso foi um dos motivos que o fizeram retornar ao Tricolor, recusando outras propostas financeiras que seriam mais vantajosas.
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Kaká atuou até hoje em apenas três clubes: São Paulo, Milan e Real Madrid, passando muitos anos em cada um deles. E se isso foi bom para determinar a volta do jogador ao clube do Morumbi, serviu também para acabar um pouco com a esperança do torcedor que sonha com ele por mais de seis meses no clube.
É que Kaká só voltou ao São Paulo após ter assinado contrato de três anos com o Orlando City, dos EUA, e ficará no Brasil enquanto a liga americana não começar. Após isso, ele já sinalizou que deve seguir para a Flórida.
“Sempre construí minha carreira nas relações em longo prazo. Eu escolhi vir para o São Paulo por causa disso, mas minha ida para os EUA também está relacionada com isso. Quero construir algo lá e meu desafio vai ser esse, começar alguma coisa em um lugar em que o futebol está se desenvolvendo”, disse ele.
Kaká também negou que ele esteja indo para a MLS para encerrar a carreira. Disse que não pensa nisso ainda e acredita que a liga dos EUA se torne uma das mais fortes em pouco tempo.
“Não estou indo para encerrar minha carreira. Na verdade eu ainda nem penso nisso. Meu acordo com o Orlando é de três anos e acredito que a liga vai crescer bastante, está chamando a atenção de outros jogadores. O Beckham ajudou muito nisso. Agora estou indo para lá, o David Villa também, que acabou de disputar uma Copa. Os atletas vão para lá não apenas para encerrar a carreira”, comentou.
Isso pode fazer com que o são-paulino se anime, pois mesmo sem pensar ainda no assunto, por essa forte ligação que mantém com os clubes por onde passou, ele garante que o final de carreira deve acontecer em um deles.
Carreira
Lançado aos profissionais do São Paulo em 2001, na conquista do Torneio Rio-São Paulo daquele ano, Kaká deixou o São Paulo em 2003, rumo ao Milan, após disputar 131 jogos e marcar 48 gols com a camisa tricolor.
No Milan, Kaká alcançou o estrelato. Pelo time italiano, o meia foi campeão italiano, da Liga dos Campeões e do Mundial de Clubes, entre outros títulos, além de ser eleito o melhor jogador do mundo, em 2007.
Depois disso, Kaká foi vendido ao Real Madrid em 2009, por 65 milhões de euros, mas não repetiu as atuações do Milan – muito por conta das lesões. Apesar disso, ele ainda foi campeão espanhol e da Copa do Rei pelo clube merengue.
No final do ano passado, Kaká acertou seu retorno ao Milan, mas encontrou um time fragilizado tecnicamente e não teve uma boa temporada na volta à Itália. Em seguida ele aceitou uma proposta para atuar no Orlando City, dos Estados Unidos, a partir de 2015 – até lá, jogando por empréstimo no São Paulo.
Seleção
Pelo Brasil, Kaká participou de três Copas do Mundo (2002, 2006 e 2010) e foi campeão na primeira, quando ainda despontava pelo São Paulo. Nas outras duas ele foi eliminado nas quartas de final, contra França e Holanda, respectivamente.
