Há algo irresistível nos dramas de época: os salões elegantes, os amores impossíveis, as traições que fervilham sob a superfície do dever e dos espartilhos. Talvez seja a mistura de história, romance e intriga que torna essas produções um vício visual. De Downton Abbey a Bridgerton, o público provou que não resiste a um bom drama com figurinos de época e corações em conflito. E é exatamente aí que entra The Forsytes (2025), uma nova joia britânica que combina todos esses elementos com uma narrativa mais moderna e impactante.
A série, uma releitura do clássico literário A Saga dos Forsytes, do autor ganhador do Prêmio Nobel John Galsworthy, revive o legado de uma das famílias mais icônicas da literatura inglesa. Ambientada na Londres vitoriana, Os Forsytes mergulha nas vidas, amores e rivalidades de uma família de corretores da bolsa que construiu sua fortuna com base em disciplina, ambição e aparências, mas cujo mundo está à beira do colapso devido às paixões que eles tentam desesperadamente esconder.
Um drama de época com escândalos modernos

O que torna The Forsytes uma produção tão viciante não é apenas seu cenário impecável ou figurinos suntuosos, mas sua capacidade de capturar os dilemas universais entre dever e desejo. No centro da história estão os primos Soames e Jolyon Forsyte, interpretados por Joshua Orpin e Danny Griffin. Soames representa o lado rígido e ambicioso da linhagem familiar: um homem que vive para preservar o nome e manter o controle. Jolyon, por outro lado, é um espírito livre, um artista que anseia se libertar das normas impostas por sua classe.
O equilíbrio é perturbado pela chegada de duas mulheres que transformam os destinos de ambos: Louisa Byrne (Eleanor Tomlinson), uma costureira que personifica o amor perdido e proibido, e Irene Heron (Millie Gibson), uma dançarina independente que desperta a obsessão de Soames. A história dela — feita de poder, desejo e escândalo — torna-se o núcleo emocional e social da narrativa, expondo as tensões entre mulheres que buscam a liberdade e homens que tentam possuí-las.

A série, escrita por Debbie Horsfield, dá um toque feminista ao clássico, colocando as vozes femininas no centro da trama. Diferentemente de adaptações anteriores, aqui as mulheres não são meras personagens secundárias, mas sim a força motriz por trás das decisões, segredos e conflitos que definem o destino dos Forsytes.
Uma história para os amantes de drama
Com um elenco de primeira linha, incluindo Francesca Annis, Stephen Moyer, Jack Davenport, Eleanor Tomlinson e Millie Gibson, The Forsytes se sustenta em atuações intensas e repletas de nuances. Cada gesto e olhar evoca as pressões sociais de uma época em que a reputação era tudo. Visualmente, é um deleite: os cenários londrinos, a iluminação dourada e os figurinos requintados envolvem cada episódio em uma atmosfera de luxo melancólico.

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Com estreia prevista para outubro de 2025 no Reino Unido e para março de 2026 nos EUA, no canal PBS Masterpiece, a série foi descrita como um romance de requinte: elegante, envolvente e repleta de reviravoltas emocionais. Embora a recepção da crítica tenha sido mista, o público a acolheu com entusiasmo, elogiando seu ritmo imersivo, diálogos afiados e profunda exploração emocional. Apesar de ainda não haver datas de lançamento para a América Latina, espera-se que a série estreie em algum momento de 2026.

