Adoramos filmes que nos prendem à atenção: aqueles filmes de ação frenéticos, thrillers psicológicos ou dramas perturbadores que despertam emoções intensas. Este ano, títulos como ‘Bring Her Back’ e ‘Weapons’ conquistaram manchetes e conversas por sua abordagem poderosa e produção impecável. No entanto, há também outro tipo de cinema que, em vez de nos sacudir com adrenalina, nos envolve como um abraço caloroso. Filmes que chegam na hora certa para nos lembrar que, mesmo em meio ao caos, a vida ainda tem vislumbres de beleza.
É o caso de ‘A vida de Chuck’, o novo filme da Diamond Films, estrelado por Tom Hiddleston e dirigido por Mike Flanagan, baseado no conto de Stephen King (sim, o rei do terror) incluído na coletânea ‘If It Bleeds’. Uma história que, longe do convencional, combina gêneros e emoções para nos levar a uma jornada de esperança, onde o comum se transforma em algo extraordinário.
Do que se trata ‘A vida de Chuck’?

O filme conta a história de Charles “Chuck” Krantz, um homem comum que morre aos 39 anos, mas cuja vida é contada em três atos narrados ao contrário. Essa estrutura inusitada nos permite conhecê-lo desde o fim até a infância, revelando como até os momentos mais mundanos podem guardar uma grandeza silenciosa.
O primeiro ato surpreende o espectador com imagens apocalípticas repletas de simbolismo: o mundo parece estar desmoronando, e o protagonista começa com um duro choque de realidade. Mais tarde, o filme nos leva a uma inesperada celebração da vida, onde ele dança e canta como se estivesse ciente de que o tempo é limitado. A partir daí, tudo se torna uma jornada de autodescoberta sobre o que realmente importa na vida.

Tom Hiddleston oferece uma atuação comovente, retratando um homem que, embora aparentemente comum, contém em si um universo de experiências, emoções e memórias. A direção de Mike Flanagan atinge um equilíbrio perfeito entre o surreal e o humano, tornando a história, embora fantástica, profundamente envolvente.
Um filme que parece um abraço
O mais poderoso de ‘A vida de Chuck’ é a mensagem que transmite: a importância de abraçar cada momento e apreciar aqueles ao nosso redor. Em uma época em que a pressa, a incerteza e o barulho parecem nos devorar, este filme nos convida a uma pausa. Ele nos lembra que a grandeza nem sempre está em alcançar objetivos impossíveis, mas nos detalhes mais simples: uma conversa, uma dança, uma risada compartilhada.

A narrativa de Stephen King, reinterpretada para o cinema por Flanagan, não busca nos assustar como em suas outras obras, mas sim nos comover. Ela nos lembra que dentro de cada pessoa existe um universo único, repleto de histórias, memórias e afetos que desaparecem quando essa vida se extingue. E, ao mesmo tempo, nos convida a refletir sobre como queremos viver antes que esse fim inevitável chegue.
O tipo de cinema que precisamos hoje
‘A Vida de um Chuck’ chega como uma lufada de ar fresco. Não é um filme para devorar pipoca sem pensar; é uma experiência que permanece após os créditos, fazendo com que você olhe para as pessoas ao seu redor de forma diferente e até mesmo repensando como você gasta seu tempo.
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Em suma, é um filme que se sente necessário: um lembrete de que a esperança e a beleza não estão no grandioso, mas no cotidiano. E talvez por isso mesmo, ‘A Vida de um Chuck’ promete deixar sua marca como uma das produções mais comoventes do ano. Atualmente, está disponível para compra ou aluguel em plataformas como Prime Video e Apple TV.

