Adoramos dramas de época por sua cinematografia deslumbrante, figurinos deslumbrantes e, acima de tudo, por aquelas histórias apaixonantes que elevam a temperatura desde o primeiro episódio. ‘Sexo, Sangue e Realeza’, a minissérie da Netflix, com apenas três episódios, conquistou tudo isso e muito mais. Com uma abordagem visual ousada e uma narrativa inovadora, esta produção se tornou um dos maiores sucessos inesperados do catálogo. E com razão: aqui, o drama palaciano se mistura com sensualidade, poder e um retrato feminista de uma das mulheres mais incompreendidas da história.
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Do que se trata ‘Sexo, Sangue e Realeza’?

A trama nos leva de volta ao século XVI, ao coração da corte inglesa, onde o amor entre o Rei Henrique VIII e a jovem Ana Bolena acenderá uma faísca que mudará para sempre o curso do país. Mas, longe de apresentar uma história de amor romântica, a série expõe os jogos políticos, as ambições pessoais e a opressão sistêmica enfrentada por qualquer mulher que ousasse desafiar a ordem estabelecida.
Estrelada por Amy James-Kelly e Max Parker, a série mistura cenas dramatizadas com depoimentos de historiadores para contar como uma mulher inteligente, culta e politicamente astuta passou de favorita do rei a inimiga do Estado, condenada por adultério, traição e até incesto. Tudo por não dar ao rei o que ele mais desejava: um herdeiro homem.
Ana não apenas conquistou o coração de Henrique, como também desafiou a Igreja e o Vaticano ao promover uma ruptura com Roma, abrindo caminho para o protestantismo na Inglaterra. Essa rebelião religiosa e moral foi motivada, em grande parte, por suas crenças e leituras radicais para a época. Mas seu desejo de ser mais do que uma figura decorativa no trono acabou se tornando sua ruína. Após várias gestações frustradas e o nascimento de uma filha (Elizabeth I), o rei deixou de vê-la como a salvação de sua linhagem e passou a vê-la como uma ameaça.

‘Sexo, Sangue e Realeza’ não poupa esforços para retratar a natureza explícita e brutal da corte: as tensões sexuais, chantagens, traições, manipulações e as consequências letais de não cumprir o papel que a monarquia esperava de uma mulher. A execução de Ana não apenas marca o clímax desta história, mas também nos lembra o quão perigosos a paixão e o poder podem ser quando se cruzam.
Por que todo mundo está falando sobre esta série?

Com apenas três episódios, este drama histórico conseguiu o que muitas produções não conseguem em temporadas completas: manter a gente grudado na tela e gerar conversa. Sua mistura de história real, cenário contemporâneo e uma abordagem feminista que destaca abusos de poder fazem dela uma série única dentro do gênero.
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Além disso, a produção não tem medo de elevar o nível. As cenas íntimas são carregadas de desejo, tensão política e emocional, levando muitos espectadores a considerá-la “a série picante da Netflix” em sua categoria. Mas, além do erotismo, há uma história profundamente trágica, corajosa e oportuna.