O número de produções nacionais aumenta nas plataformas de streaming e a chegada das novelas, queridinhas na TV aberta, pode atrair cada vez mais o público que mora na periferia das cidades e, segundo Emilia Rabello, CEO e fundadora do NÓS (Novo Outdoor Social), a oferta de histórias que refletem tal realidade pode ser um atrativo ainda maior.
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“Estrear esse modelo de conteúdo já tão popular no Brasil no streaming é um marco importante na diversificação daquilo que é oferecido pelas plataformas, atraindo novos assinantes e se conectando efetivamente com a periferia, que historicamente é um segmento sub-representado”, reflete a Emília, que divulgou recentemente o tracking das favelas, mostrando as tendências de consumo em 2025.
Aumento do entretenimento online
As plataformas online, como YouTube e Instagram são dominantes para a busca por entretenimento do público periférico, aponta a pesquisa feita pelo NÓS. Mas, o TikTok e a plataforma de streaming Globoplay ganham cada vez mais espaço, enquanto a Netflix mantém relevância.
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Os dados revelam ainda que, em 2025, os conteúdos locais podem levar quem assiste a TV aberta para o streaming, mas Emilia Rabello enfatiza que os produtos internacionais, principalmente as turcas e as coreanas, já são fortemente consumidas no país. Segundo ela, tal conteúdo reforça cultura global e encanta a gen-z, que é o principal consumidor do digital na atualidade.

Acessibilidade ao streaming
O custo dos serviços de streaming é outro ponto importante para o aumento do público consumidor. Segundo a CEO do NÓS, o aumento da acessibilidade em termos de preços e tecnologia formam um “cenário propício para impulsionar essa migração já que as plataformas online demonstraram que podem atender às demandas de uma audiência diversa”.
As mulheres são determinantes
As periferias brasileiras reúnem mais de seis mil favelas e 17 milhões de habitantes, com um potencial de consumo estimado em R$ 167 bilhões e o Tracking das Favelas 2025 destacou ainda que as mulheres têm um papel decisivo nas escolhas de consumo na periferia.
“Favela não é mais nicho, é mercado. Ignorar esse público é perder uma grande oportunidade. Os dados de 2025 mostram que a classe C cresceu 3,8%, reforçando a importância de investir nessas regiões. As marcas que se comunicam de forma autêntica não apenas fortalecem sua imagem, mas também geram impacto social positivo”, disse Emilia Rabello.
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A pesquisa
A pesquisa entrevistou 800 moradores de comunidades e periferias em todo o Brasil, com controle de cotas de gênero e idade. Realizado por meio de um aplicativo, as respostas e usuários são validados automática ou manualmente e a margem de erro é de 3,5%, com 95% de intervalo de confiança.