Nos últimos dois anos, a renomada apresentadora Oprah Winfrey tem mostrado ao mundo que conseguiu superar gradualmente o excesso de peso e em dezembro passado surpreendeu o público ao confessar que usa um medicamento para se manter magra.
A jornalista aprofundou o tema no especial 'An Oprah Special: Shame, Blame and the Weight Loss Revolution', transmitido nesta segunda-feira pela ABC, onde falou sobre tudo o que teve que enfrentar devido ao seu excesso de peso e como tem conseguido superar isso.
“Tenho que dizer que assumi a vergonha que o mundo me deu... Durante 25 anos, zombar do meu peso era um esporte nacional”, disse Winfrey, conforme publicado pela ABC News.
Ela expressou que foi "ridicularizada" por seus quilos a mais em várias capas e programas de televisão. Há uma frase que ela não conseguiu esquecer, que foi quando a chamaram de "cheia de solavancos, grumosa e francamente rechonchuda".

O meio citado destacou que, apesar de sua dieta e exercícios, Oprah Winfrey não conseguia perder peso e, quando o fazia, rapidamente recuperava os quilos, como se fosse um efeito sanfona. Ela disse que “morreu de fome” com uma dieta líquida.
"Venho para esta conversa com a esperança de que possamos começar a nos libertar do estigma, da vergonha e do julgamento, para parar de envergonhar outras pessoas por estarem acima do peso ou por como escolhem perder... ou não perder peso, e mais importante, parar de nos envergonhar", disse a apresentadora e escritora.
Oprah Winfrey e especialistas em obesidade
Oprah Winfrey participou do especial com a Dra. Jen Ashton, correspondente médica-chefe da ABC News e especialista em medicina da obesidade, que explicou que o excesso de peso e a obesidade podem ser um estado patológico crônico e não um defeito de caráter.
Durante o programa, a Dra. Jen Ashton, correspondente médica chefe da ABC News e especialista em medicina da obesidade, disse a Winfrey: "Está conclusivamente estabelecido que as condições de excesso de peso e obesidade são estados patológicos complexos e crônicos, não defeitos de caráter... portanto, devem ser controlados".
"Adoro isso, Dra. Jen. É uma doença, não um defeito de caráter", respondeu Winfre à especialista, destacando que está falando do seu caso para que as pessoas aprendam que ser obeso pode ser um problema de saúde.
“O primeiro que espero que as pessoas descubram é que [a obesidade] é uma doença e está no cérebro”, afirmou Winfrey, como se lê na ABC News.

