Várias gerações na América Latina cresceram com ‘A Turma do Chaves’. Personagens como a Chiquinha, Seu Madruga, Quico, a Bruxa do 71, Professor Girafales, Dona Florinda e Chaes se transformaram em um fenômeno.
Todo esse time que marcou a cultura de muitas gerações foi formado pelo grande criador, Roberto Gómez Bolaños (Chespirito), que fez um trabalho criativo e de união entre os personagens que se refletiu nas telas de televisão da época.
Mas nem tudo foi felicidade na vizinhança de Chaves, ao longo dos anos as polêmicas e discussões surgiram entre eles e a distância começou a ser percebida.
Não houve aproximação com Roberto Bolaños
Sobre essa distância, Maria Antonieta de las Nieves, mais conhecida como Chiquinha, falou recentemente em uma entrevista com Matilde Obregón, onde abriu seu coração e disse o quão difícil foi para ela viver a morte de Chespirito.
Maria Antonieta explicou que foi um capítulo muito difícil, pois estava distante de Roberto devido aos problemas legais que surgiram com seu personagem Chiquinha, a ponto de ambos lidarem com o assunto por meio de seus advogados. Nunca buscaram uma aproximação, um acordo ou uma reconciliação.
"Eu me machuquei muito. Foi muito difícil para mim e o mais difícil é que não tivemos mais contato desde uma briga que ocorreu antes, mas não foi diretamente comigo, mas sim com os advogados por causa do personagem. Então, isso me doeu muito", disse a atriz sobre Bolaños.
Dos personagens que já se foram, ao longo desses anos, María Antonieta recorda com muito carinho de quem foi seu pai na série, Ramón Valdés (Seu Madruga) e destacou que sua morte foi muito mais dolorosa para ela do que a do próprio Bolaños, pois eles tiveram uma relação mais próxima e sempre se trataram com muito carinho.
“Mas eu senti muito mais forte a morte de Ramón Valdés, porque Ramón e eu mantínhamos uma relação de muito carinho. Ele nunca me chamava de ‘Toni’ ou María Antonieta, me chamava de ‘mijita’ (minha filha), sempre fui su hijita (filhinha)”, recordou.
Nem Quico nem Dona Florinda
A atriz falou também que Édgar Vivar foi seu melhor amigo dentro desse elenco e com Juan Carlos Villagrán nunca pôde estabelecer uma amizade.
"Com o Quico nunca tive uma grande amizade. Eu gostava muito do seu personagem porque era muito simpático, mas nunca tivemos uma grande amizade."
Quanto à Florinda Meza, ela também comentou que “nunca houve uma amizade e até hoje menos”. Ela respondeu à pergunta se Dona Florinda a procurasse: “Não acredito que ela esteja interessada, e eu também não”.

