É hora de que mais uma série da Marvel se junte à lista de histórias de superpoderes, mas com ‘Echo’, o tom dessa trama se destaca, e isso foi impulsionado pelos seus personagens, pelo menos é o que diz o diretor Sydney Freeland.
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“Acredito que tudo surge da história”, explica Freeland. “Qual é o personagem? De onde ele vem? Para onde ele está indo? Qual é a emoção? No nosso caso, temos Maya López, que aparece em ‘Gavião Arqueiro’, apresentada como uma vilã. E temos todo esse submundo criminoso de Nova York como ponto de partida”.
'Echo' já foi aclamada como sendo mais sombria e intensa do que a típica história da Marvel. Maya López enfrenta o passado de sua família biológica após a traição de sua família adotiva, o que alimenta sua personalidade já feroz. E acontece que López (assim como a atriz que a interpreta) também é surda e usa uma prótese, mas esse não é o ponto central da história, apenas parte do personagem.
"Maya é uma indígena surda que tem uma família biológica e outra adotiva. Ela tenta reconectar-se com sua família depois de descobrir que sua família adotiva, especificamente seu tio, a traiu, e ela tenta redescobrir uma vida mais complicada e profunda que realmente viveu", diz Cox quando questionada sobre seu personagem em uma coletiva de imprensa mundial da série. "Então, espero que ela possa aprender e que todos nós possamos aprender sobre como ela redescobriu a família".
Grande parte da ação se desenrola na comunidade rural de Tamaha, em Oklahoma, que aparentemente é baseada em uma cidade real do leste de Oklahoma, antigamente na Nação Choctaw. E grande parte do tom segue um ponto de vista mais sutil para esse criminoso com superpoderes.
“O fato de ela ser uma vilã, o objetivo nunca foi tentar transformá-la em Capitão América. Nas conversas com a Marvel, a resposta foi tipo, ‘ei, vamos nos inclinar para isso. Vamos ver se podemos empurrar um pouco e ver até onde podemos chegar nessa toca de coelho’”, diz Freeland ao falar mais sobre o que inspirou o tom de ‘Echo’. “E assim, realmente, o tom veio da história e das circunstâncias da personagem”.
No ano passado, foi anunciado que a série faria parte da nova marca "Marvel Spotlight", ou seja, séries sem conexões diretas com a continuidade mais ampla do MCU. E realmente se nota a diferença ao assisti-la.
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"Acredito que a Marvel está em seu melhor momento quando os narradores seguem o personagem e permitem que o personagem conduza a história e a jornada. E soubemos assim que escolhemos Alaqua em 'Gavião Arqueiro' e vimos o que ela fez na tela nessa série, que seria uma personagem incrível para acompanhar em sua jornada", explica o produtor executivo Brad Winderbaum.
Winderbaum continua: "'Echo' é uma série mais adulta, é a nossa primeira série TV-MA (para maiores de 17 anos), mas não tínhamos a intenção de fazê-la. Tínhamos a intenção de fazer uma série sobre Maya López, e este é um personagem que tem um passado violento e que enfrentou um trauma real. Ela precisa tomar decisões realmente difíceis e, em última instância, precisa confrontar as pessoas que ama para crescer e mudar".
O produtor executivo também destacou o que isso significa para o futuro da Marvel, uma marca que continuamente construiu um império de histórias e personagens.
"A Marvel é um universo tão grande e vasto. Os quadrinhos foram classificados como a história contínua mais grandiosa já escrita... Certamente, a mais longa. E há tantos cantos do universo que ainda não foram explorados", conclui Winderbaum.
"Maya permitiu-nos ver um canto do MCU que não tínhamos visto antes. E para mim, esse é o futuro da Marvel: ser capaz de contar histórias inesperadas, que operem à margem do que já vimos antes... E que sejam independentes, centradas nos personagens e tenham uma personalidade única e própria."
‘O Echo’ já está disponível no Disney+ e no Hulu.