Roger Waters, co-fundador do Pink Floyd e ex-vocalista da banda, está enfrentando acusações graves de comportamento antissemita, incluindo a proposta de utilizar confetes em forma de suásticas e estrelas de Davi durante seus shows, conforme revelado em um documentário intitulado "O Lado Sombrio de Roger Waters", divulgado pela organização baseada em Londres Campaign Against Antisemitism (CAA).
O documentário expõe uma série de alegações de comportamento antissemita contra o músico de 80 anos. Em um dos e-mails divulgados, Waters teria sugerido "bombardear" a plateia com confetes em formato de suásticas, estrelas de Davi e sinais de dólar. O e-mail datado de 25 de março de 2010 também incluía termos ofensivos.

Além disso, Waters, que recentemente foi proibido de falar no campus da Universidade da Pensilvânia (EUA) devido a alegações de antissemitismo por usar um uniforme inspirado nos nazistas e exibir imagens nazistas em um concerto em Berlim (Alemanha), foi acusado de fazer uma série de comentários antissemitas a ex-colaboradores, Norbert Statchel e Bob Ezrin.
Statchel, ex-saxofonista de Waters, alegou que o músico perdeu a calma em um restaurante por causa de comida vegetariana e exigiu que os garçons retirassem a "comida judaica".
Ezrin, que produziu o 11º álbum de estúdio do Pink Floyd, "The Wall", em 1979, lembrou-se de Waters cantando uma canção improvisada com termos antissemitas.
Gideon Falter, CEO da Campaign Against Antisemitism, afirmou que Waters "usou repetidamente sua plataforma para provocar judeus". Ele enfatizou que o documentário "O Lado Sombrio de Roger Waters" agora coloca a evidência obtida nas mãos do público para que possam tirar suas próprias conclusões sobre o músico.
Este não é o primeiro incidente envolvendo Waters e acusações de antissemitismo. Em maio, ele causou polêmica ao se vestir com um casaco preto longo, luvas pretas e óculos escuros durante um concerto em Berlim, lembrando o uniforme de um oficial da SS. O Departamento de Estado dos EUA emitiu uma declaração afirmando que Waters tem "um longo histórico de uso de estereótipos antissemitas".
Waters defendeu sua escolha de figurino como um posicionamento claro "contra o fascismo, a injustiça e o preconceito em todas as suas formas". Ele alegou que as críticas eram tentativas de difamar sua imagem devido a divergências políticas.
Segundo o New York Post, as acusações de antissemitismo contra Waters continuam a gerar debates intensos e levantam questões sobre a responsabilidade de figuras públicas em relação a suas declarações e comportamentos.

