Carlos Santana, a lenda da guitarra de 76 anos conhecida por seu papel marcante em Woodstock, nem sempre foi associado à cultura hippie e à maconha nos anos 1960. De fato, ele era um defensor contra o uso da maconha, enquanto sua banda, nomeada em sua homenagem, convivia com a cena de São Francisco (EUA), onde grupos como o Grateful Dead eram conhecidos pelo consumo da erva.
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Em uma nova documentário intitulado "Carlos", que estreou nos cinemas na última sexta-feira, Santana revela sua jornada pessoal em relação à maconha. Ele admite: "Eu estava cercado pela maconha desde a infância, mas nunca fumei".
Sua resistência estava ligada à preocupação com sua reputação e o desejo de ver sua banda executar suas músicas com precisão, em contraste com o que acontecia quando seus colegas de banda estavam sob a influência da cannabis.
A virada na relação de Santana com a maconha aconteceu em um icônico clube de rock, o Fillmore, quando seus empresários decidiram aplicar uma certa pressão. Deixaram um grande baseado na frente dele e disseram: "Vamos almoçar, já voltamos". Foi nesse momento que Santana finalmente cedeu à tentação.
A história de Santana é um dos pontos destacados do documentário "Carlos", dirigido por Rudy Valdez, que estreou no Tribeca Film Festival em junho e agora está nas telonas de todo o país. Valdez descreve a experiência de humanizar uma figura tão icônica como Santana como desafiadora, mas também pessoalmente gratificante.
Valdez também compartilha uma conexão pessoal com a jornada de Santana, como um mexicano-americano, enfrentando estereótipos e expectativas ao longo de sua vida. Santana serviu de inspiração para Valdez, mostrando-lhe que era possível desafiar convenções e criar um caminho próprio, independentemente das expectativas impostas pela sociedade.
O documentário também revela imagens de arquivo raras de Santana, revelando sua paixão pela música e pela guitarra, sem plateia ou aplausos, uma visão íntima do artista por trás da lenda. Valdez espera que "Carlos" ofereça uma visão mais completa do homem por trás da música, desde seu sucesso com o álbum "Supernatural" até sua atuação lendária em Woodstock.
Santana é uma figura que transcende gerações, e "Supernatural", com nove vitórias no Grammy em 2000, é apenas um dos muitos marcos em sua carreira. Compreender sua jornada pessoal em relação à maconha é apenas uma parte da história de um dos maiores ícones da música de todos os tempos.