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Família de ex-miss que morreu após cirurgia de amigdalite acredita em negligência médica

Caso foi denunciado à Polícia Civil, que investiga como foi o atendimento e morte da jovem

Familiares de Gleycy Correia, empresária e ex-Miss Brasil Continentes Unidos em 2018, que morreu após complicações de uma cirurgia para tratar uma amigdalite, acredita que ela foi vítima de negligência no atendimento médico. A jovem de 27 anos ficou dois meses internada após passar pelo procedimento, entrou em coma e não resistiu.

Em entrevista ao “Splash”, do “UOL”, o irmão mais velho de Gleycy, Douglas Silva, afirmou que a irmã começou a passar mal seis dias após a cirurgia, realizada no Hospital São João Batista, em Macaé, no Rio de Janeiro, no final de março.

Na ocasião, ele disse que os parentes tentaram contato com o otorrinolaringologista que a operou, sem sucesso. “Ele não entrou em contato com ela nesses seis dias, ele não falou mais nada, não procurou saber como é que ela estava pós-operatório. Ela mandou mensagem pra ele falando que ela estava muito mal, sentindo muita dor, se não teria um outro remédio mais forte pra ele passar pra ela. Ele não respondeu.”

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Depois disso, Douglas disse que o estado de saúde da ex-miss foi piorando e ela passou a vomitar sangue. Assim, no dia 4 de abril, eles decidiram levá-la de volta ao hospital onde foi operada. Porém, ao chegar no local, ela foi encaminhada a Unimed Costa do Sol, sendo internada até o último dia 20, quando morreu.

Para o irmão, houve demora no atendimento na Unimed Costa do Sol e o otorrinolaringologista, mais uma vez, não fez o devido acompanhamento da paciente.

“O pessoal que atendeu ela falou que foi uma cena feia porque esguichava sangue na parede, no teto. Tentaram fazer a reanimação nela e não sabiam se fazia reanimação ou se tentava tapar o sangramento, a hemorragia. Desde então a gente perguntava pra eles [do Unimed Costa do Sol] o que que aconteceu na garganta dela e até hoje a gente não tem laudo nenhum do hospital. Laudo nenhum. Até hoje eles não falam o que aconteceu, se a veia rompeu, se a veia partiu. Eles não falam”, reclamou Douglas.

A família registrou um Boletim de Ocorrência na Delegacia de Polícia de Macaé, quando a ex-miss ainda estava internada. A Polícia Civil informou que apura as circunstâncias do atendimento e da morte da jovem.

O laudo do Instituto Médico Legal de Macaé, revelado pela reportagem, indicou que Gleycy morreu por pneumonia, parada cardiorrespiratória, choque hemorrágico, hemorragia da artéria amigdaliana e encefalopatia anóxica.

A reportagem tentou contato com o Hospital São João Batista e com a Unimed Costa do Sol, mas não houve retorno até a publicação.

Quem era Gleycy?

Além de ex-miss, Gleycy era empresária do ramo de estética e especialista em “maquiagem permanente”. Em seu perfil no Instagram, que conta com mais de 50 mil seguidores, ela mostrava a rotina profissional e também suas participações em congressos sobre beleza.

Ela ficou conhecida nacionalmente em 2018, quando recebeu a faixa para representar a região de Macaé no Miss Costa do Sol CNB. Ela também conquistou a faixa de Miss Brasil ao se tornar semifinalista do Miss Brasil Mundo durante o mesmo ano.

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