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BBB: advogados de Linn da Quebrada vão à Justiça por episódios de transfobia

Podcaster disse que travestis deveriam começar a ser chamadas de ‘troço’, ao comentar reality show

Linn da Quebrada (Foto: Reprodução/Instagram)

Após mais de um mês da estreia da 22ª temporada do “Big Brother Brasil”, a cantora Linn da Quebrada segue sofrendo episódios de transfobia.

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Dentro do programa, a última “errata” partiu de Lucas Bissoli, durante sua Festa do Líder. Ao falar com Natália e Lina, o brother chamou-as pelo masculino: “vêm, vocês dois”. O correto nesse caso, gramaticalmente falando, seria “vocês duas”, já que tratavam-se de duas mulheres.

O momento magoou Lina, que expôs o incômodo diretamente ao brother. Durante o Raio X (que funciona como um diário dos participantes), a cantora esclareceu porque precisava externar sua dor a Lucas.

“Por quanto tempo mais eu vou amenizar o que eu tô sentindo pra tornar mais leve pro outro? Acho que isso não tem necessariamente a ver com o Lucas. Eu gosto muito do Lucas e sei que o Lucas gosta muito de mim, mas precisava falar isso para ele, para tornar isso mais leve em mim também”

—  Linn da Quebrada, durante Raio X no "Big Brother Brasil"

Fora da casa, porém, os comentários foram muito além de “erros” de pronome.

“Eu acho que tem que parar de chamar travesti de ela. Começa a chamar de ‘troço’ que aí ninguém vai reclamar. Se alguém me chamasse de ele, eu só iria falar assim: ‘Não, eu não sou ele’”, disse a podcaster Bianca, do programa Tarja Preta FM.

A equipe da cantora resolveu tomar providências em relação aos insultos, solicitando aos fãs que reunissem postagens transfóbicas feitas contra Lina, para que eles registrassem boletim de ocorrência contra os autores.

Os insultos foram registrados na Delegacia de Crimes Raciais e Delitos de Intolerância (Decradi), em São Paulo, pela advogada Juliana Souza, nesta sexta-feira (25).

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A web saiu em defesa da artista. A hashtag “Lina Merece Respeito” chegou a ficar em primeiro lugar entre os assuntos mais comentados do Twitter.

A Avon, marca patrocinadora do programa, também defendeu Linn da Quebrada. “Para mulheres trans e travestis o uso incorreto de pronomes não é um erro bobo, é uma negativa da sua existência e invisibilização. Mesmo que sem querer. É preciso mais empatia. E respeito”, disse em postagem na rede social.

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