Com o Brasil encarando o momento mais crítico da pandemia de covid-19, os produtores culturais seguem se adaptando para manter a arte viva e reverberando. Será assim entre 8 e 18 de abril, na 26ª edição do festival internacional de documentários “É Tudo Verdade”, cuja programação foi divulgada na terça (23).
Pelo segundo ano consecutivo, o evento será online, com sessões gratuitas. No total, participam 69 filmes de 23 países, exibidos em diferentes plataformas de streaming – horários e links serão divulgados nos próximos dias, no site oficial do evento.
“O documentário não foi freado nem mesmo pela pior pandemia do último século”, afirma o diretor do “É Tudo Verdade”, Amir Labaki. “Mesmo inviabilizado em seu formato convivial, temos a honra de apresentá-lo num festival digital com o mesmo padrão de excelência.”
Cada longa, média ou curta metragem em competição possui um limite de até 2 mil espectadores, dependendo do título. As exposições que passarão por júri são divididas entre duração e origem – nacionais ou internacionais.
Os vencedores de cada categoria estarão classificados para apreciação da Academia de Artes e Ciências Cinematográficas, que seleciona os indicados ao Oscar – maior premiação do cinema mundial.
O festival ainda abre espaço para sessões especiais, como a animação documental “Fuga”, dirigida por Jonas Poher Rasmussen, na abertura do evento, e “A Última Floresta”, do brasileiro Luiz Bolognesi, no encerramento.
Homenagens e debates
O cineasta Ruy Guerra, que completa 90 anos em agosto, é um dos homenageados do festival, com exibição de três filmes e uma palestra.
Já a mostra “Caetano.doc” apresenta nove documentários que rememoram diferentes momentos da carreira do músico Caetano Veloso.
O público que quiser se aprofundar nos títulos da programação pode participar também de debates com diretores. Por fim, uma conferência nos dias 7 e 8 traz estudiosos da área para discutir a obra do francês Chris Marker. Mais informações em etudoverdade.com.br.