A publicitária e escritora paulistana Tati Bernardi ficou conhecida por expor sua própria ansiedade com muito bom humor, apesar das consequências nem sempre engraçadas para a vida pessoal e profissional. Essa experiência rendeu o livro “Depois a Louca Sou Eu” (2016), adaptado com sensibilidade para o cinema e principal estreia de hoje.
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Com direção de Júlia Rezende, Tati ganhou um alter ego para as telonas: Dani, papel de Débora Falabella, que lida com o transtorno de ansiedade desde pequena, às voltas com a mãe superprotetora, Silvia (Yara de Novaes).
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Para essa heroína, a mais comum das atividades da vida adulta, como decidir ir a uma festa ou aceitar um novo emprego, são desafiadores e desembocam em situações tragicômicas.
Débora, que se identifica como ansiosa – “já tive crise de ansiedade, fui parar no hospital achando que estava passando mal” -, conta que o longa não tenta tirar sarro em cima do transtorno, que atinge 18,6 milhões de brasileiros, segundo estudo da OMS de 2019. Ainda antes da pandemia do novo coronavírus, nós éramos a nação mais ansiosa do mundo.
“A Dani enxerga graça porque ela é quem conta a história. Assim como no livro da Tati, ela tem propriedade para falar do assunto com humor porque ela passou por isso. Quando a gente precisou aprofundar, falar sério e mostrar essa menina passando por um problema, a gente foi até o fim. O humor gera identificação”, disse a atriz em entrevista divulgada pela produção do filme.
Na história, Dani parece encontrar certo equilíbrio ao começar a namorar Gilberto (Gustavo Vaz), que também tem as suas questões com saúde mental. Paralelamente, ela começa a engrenar como escritora.
Não fosse a quarentena, o filme teria sido lançado em abril do ano passado. Apesar da ansiedade da equipe (quem nunca?), o hiato inspirou uma websérie, disponibilizada no Instagram da Paris Filmes.