“O centro do universo não é o ser humano. O antropocentrismo já era. Nós falamos [agora] de biocentrismo: o centro da vida é a própria vida e cada espécie quer sobreviver”, diz Monja Coen em trecho do documentário “Pausa: o intervalo do mundo”, disponível na plataforma Panflix e também no YouTube.
Dirigido pelo jornalista e escritor Patrick Santos, o filme, de 45 minutos, reflete sobre o tempo, a partir da parada abrupta que o mundo todo foi obrigado a adotar por conta da pandemia. Além da Monja Coen, conta com entrevistas com personagens como o sociólogo italiano Domenico De Masi, o físico Marcelo Gleiser, o músico Toni Belotto e o navegador Amyr Klink.
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Um processo pessoal que começou dois anos antes acabou preparando Santos para aquele momento. Em 2018, ele deixava um cargo de executivo na Rádio Jovem Pan, onde atuou por mais de 20 anos em diversas áreas. Estava esgotado e resolveu procurar outros caminhos.
“As pessoas acham que é preciso cruzar oceanos em um veleiro ou meditar na Índia. Eu fiz um planejamento financeiro e subi e desci as ladeiras do bairro de Perdizes”, brinca Santos. Essa viagem interna resultou no livro “45 do primeiro tempo: o que o sabático me ensinou sobre propósito de vida e carreira”, lançado em 2019.
Quando a pandemia começou, ele quis discutir sobre seus efeitos em grandes entrevistas feitas para seu podcast. O resultado, somada à sua própria experiência, está no documentário. Uma experiência que não nega a dor de tanta perda e tampouco traz respostas prontas, mas provoca a questão: o que é prioridade de fato na vida de cada um?