Com a campanha vitoriosa de “A Vida é Bela”(1997) no Oscar, o ator e diretor Roberto Benigni quis se dedicar, na próxima empreitada, a uma de suas histórias preferidas: “Pinóquio”, de Carlo Collodi, escrita em 1883. Para estranhamento geral, ele mesmo interpretou o bonequinho de madeira que queria se transformar em menino. A crítica não curtiu e o filme, de 2002, acabou esquecido.
Agora, o italiano revisita a história, apenas como intérprete, no mais recente live action sobre o conto, dirigido por Matteo Garrone, de “Gomorra”, que estreia hoje nos cinemas.
Filmada em 2019, a produção foi mais um caso a demorar a ganhar distribuição fora da Europa por conta da pandemia do novo coronavírus. Ao contrário da produção de Benigni, o “Pinóquio” mais recente é só elogios, principalmente a seu bem-acabado tratamento digital, que destaca sem distorcer maquiagens e figurinos.
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Agora, Benigni “cresceu” e interpreta Gepetto, o carpinteiro que esculpe o bonequinho e acaba se tornando sua figura paterna.
O pequeno Federico Ielapi, que tinha 9 anos à época das filmagens, interpreta o personagem-título e consegue encantar, mesmo sob camadas de próteses – afinal, ele é de madeira – e retoques digitais.
O alerta, no entanto. fica para quem ainda relaciona a fábaula à Disney. Assim como outros títulos, os estúdios amenizaram as consequências que o boneco enfrenta em sua jornada. Mais fiel ao conto moral de Collodi, o diretor não modifica as dificuldades do “narigudo”.