John Dillermand tem um pênis grande. Aliás, é tão grande que consegue fazer operações de resgate, grafitar muros, hastear bandeiras e roubar sorvete de crianças.
ANÚNCIO
Segundo o The Guardian, o público-alvo do novo desenho animado dinamarquês são crianças de quatro a oito anos, o que gerou muita polêmica.

Desde a sua estreia, no último sábado, muitos condenam a ideia de um homem que não consegue controlar seu pênis. “Esta é realmente a mensagem que queremos enviar às crianças enquanto estamos no meio de uma enorme onda #MeToo?” – Declarou a escritora dinamarquesa Anne Lise Marstrand-Jørgensen, fazendo uma referência ao movimento contra o assédio sexual iniciado em Hollywood.
“É para ser engraçado, por isso é visto como inofensivo. Mas não é. E estamos ensinando isso aos nossos filhos.” – Concordou Christian Groes, professor e pesquisador de estudos de gênero da Universidade de Roskilde.
VEJA MAIS:
◦ Adolescente fica cego após comer apenas batata frita durante anos
◦ Gêmeas completam 100 anos e atribuem longevidade a vinho e chocolate
◦ Vídeo bizarro: canal de TV entrevista ‘o’ coronavírus
Por sua vez, Erla Heinesen Højsted, psicóloga clínica que trabalha com famílias e crianças, acredita que as pessoas podem estar problematizando demais as coisas: “John Dillermand fala com as crianças e compartilha sua maneira de pensar e as crianças acham os genitais engraçados.”
“A série retrata um homem impulsivo e nem sempre no controle, que comete erros – como as crianças fazem. Mas, crucialmente, Dillermand sempre acerta. Ele assume a responsabilidade por suas ações. Quando uma mulher no programa lhe diz que ele deve manter o pênis na calça, por exemplo, ele escuta, o que é legal. Ele é responsável.” – Continua.
ANÚNCIO
“Mas este não é categoricamente um programa sobre sexo. Fingir que é, projeta ideias adultas.” – Conclui.
Na Dinamarca, ‘diller’ é uma gíria para pênis. Ou seja: ‘dillermand’ significa literalmente «homem-pênis».
A DRTV, emissora pública responsável pela atração, respondeu às críticas dizendo que poderia facilmente ter feito um programa “sobre uma mulher sem controle sobre sua vagina”.