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Nicette Bruno deixa legado extenso e inesquecível na dramaturgia

Nicette em ação na peça ‘O Que Terá Aconteceido a Baby Jane–’ Folhapress

O Brasil perdeu na manhã de ontem uma das maiores atrizes que já conheceu. Aos 87 anos, Nicette Bruno morreu em decorrência da covid-19, doença pela qual estava internada desde 26 de novembro, na Casa da Saúde São José, no Rio de Janeiro.

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Ela deixa três filhos: Paulo Goulart Filho, Beth Goulart e Bárbara Bruno. Segundo Beth escreveu nas redes sociais, sua mãe foi infectada por um parente assintomático. Apesar de, no início, ter apresentado sintomas leves, o quadro piorou em pouco menos de um mês. Com estado muito grave, de acordo com boletim divulgado ontem, ela estava sedada e necessitava de ventilação mecânica.

Legado inesquecível

Nicette Xavier Miessa nasceu em 7 de janeiro de 1933, na cidade de Niterói, no Rio de Janeiro. De família com tradição artística, esse foi o caminho natural que a vida lhe incumbiu: o da arte. No teatro, encontrou sua vocação para atriz, iniciando os estudos aos 9 anos. Quando tinha 14, fez sua estreia profissional, na montagem “A Filha de Iório” (1947).

Nem havia completado a maioridade e tomou para si a tarefa da criar uma companhia. Em 1950, foi fundado o Teatro de Alumínio, em São Paulo, edifício sede do Teatro Íntimo Nicette Bruno. Foi nessa época, que conheceu Paulo Goulart (1933-2014), com quem foi casada até sua morte.

Com carreira prolífica nos palcos, pulou para as telinhas do Brasil. Na década de 1960, ganhou os primeiros papéis, em emissoras como a TV Excelsior, TV Continental e TV Tupi, nas quais atuou até o fim da década de 1970. São dessa época produções como “Rosa dos Ventos” (1973) e “Éramos Seis” (1977).

Nos anos 1980, alcançou o auge da carreira, na Rede Globo. Quem não se lembra de novelas como “Selva de Pedra” (1986), “Bebê a Bordo” (1988), “Rainha da Sucata” (1990), “Mulheres de Areia” (1993), “A Próxima Vítima” (1995), “Alma Gêmea” (2005), “Sete Pecados” (2007) e “A Vida da Gente” (2011)? Mas foi no programa infantil “Sítio do Picapau Amarelo” (2001-2004), como Dona Benta, que imortalizou-se em uma de suas mais queridas personagens.

Frases

“Minha mãe, minha vida, meu amor. Oração para Nicette e para todos os doentes de covid”
Beth Goulart, atriz, filha de Nicette

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“Estou bastante abalado. Essa mulher maravilhosa, que eu conhecia há 60 anos”
Ary Fontoura, ator

“Fui um espectador do talento dela. Foi sempre maravilhoso ver aquela pessoa tão delicada, mas com tanta força interior”
Antônio Fagundes, ator

“Que esse abraço, respeito e carinho chegue a todos familiares e amigos… sinto muito”
Xuxa Meneghel, apresentadora

“A nossa querida Nicette Bruno nos deixou. Fez história na televisão. Aos familiares, amigos e fãs, meu apoio e carinho”
Walcyr Carrasco, dramaturgo

Ao lado do marido Paulo Goulart, morto em 2014

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