A infância arteira sob os cuidados da tia Mimi. A fábrica de hits com os Beatles. O ativismo cabeludo – e pelado – ao lado de Yoko Ono. A paternidade dedicada ao caçula Sean e ausente para o primogênito Julian. O rapaz de Liverpool. O homem de Nova York. O ídolo morto de maneira trágica. Tudo isso cabe na biografia de John Lennon, que completaria 80 anos nesta sexta-feira (9).
Diante de tantas facetas, Lennon não é unanimidade. Mesmo assim, sua obra, sobretudo naquela década em que compôs os Beatles com Paul McCartney, George Harrison e Ringo Starr, é um legado indiscutível.
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Nascido em uma família operária, era descrito como uma “pessoa difícil, um líder que gostava de discutir” desde a infância. Foi expulso da escola pela primeira vez, segundo consta em biografias, aos 5 anos.
Inspirado por “Heartbreak Hotel”, álbum de Elvis Presley, formou no colégio, em 1957, a primeira banda, a Blackjack. Investiu 17 libras (o equivalente hoje a R$ 122) e tocava os acordes que aprendera com a mãe, Julia.
No mesmo ano, já líder do grupo The Quarrymen, conhece McCartney, o parceiro mais frequente. “Não havia dúvidas de que John era o líder – tinha uma guitarra acústica e cabelo escovinha com um pequeno topete. Ele não sabia as letras das músicas, mas me impressionou”, lembra McCa.
O “sonho” dos britânicos, que gerou a primeira onda de fãs surtadas por causa de uma boy band da história, durou entre 1960 e 1970, quando o fim foi anunciado após o lançamento de “Let it Be”. No mesmo ano, para azedar ainda mais o humor de quem culpava Yoko pela separação dos Beatles, lançou “John Lennon/Plastic Ono Band”.
“Imagine”, disco e canção símbolo, por anos, do seu ativismo, vieram no ano seguinte. Na carreira solo, fez mais três discos. E outros seis com a mulher.
Em grande parte dos anos 1970, escolheu viver em Nova York. Foi na Big Apple que o ídolo foi assassinado em dezembro de 1980, vítima de um fã que havia pedido autógrafo horas antes. Um fim sinistro que consolidou a lenda.
Live
O MIS realiza nesta sexta-feira, a partir das 19h, uma live especial que vai falar da carreira de Lennon, com destaque para o período em que viveu em Nova York. A conversa ao vivo acontece no canal do YouTube do MIS, às 19h, e conta com a participação do jornalista e curador da exposição “John Lennon em Nova York” Ricardo Alexandre, da jornalista Lorena Calabria e de Marco Antonio Mallagoli, presidente do fã-clube Revolution
Box
Também hoje será lançado um box em homenagem ao Beatle. Com produção de Sean Lennon e Yoko Ono, “Gimme Some Truth: The Ultimate Mixes” terá 36 músicas da carreira solo de Lennon, em formatos que vão do CD à versão de luxo com quatro discos de vinil. A remasterização ficou a cargo de Paul Hicks, dentro, é claro, do lendário estúdio Abbey Road.