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Pastora evangélica deixa trabalho na igreja e faz sucesso em site adulto

Criada em uma família bastante rígida, esperava-se que Nikole Mitchell se tornasse mais uma ‘bela e recatada do lar’. Mas seus sonhos não eram tão conservadores.

“Desde muito jovem, eu fantasiava ser uma stripper. Mas fui doutrinada a acreditar que meus desejos e meu corpo eram pecaminosos e maus por natureza.” – Declarou Mitchell ao New York Post.

Logo, ao invés de correr atrás do seu sonho, a mãe de três filhos apostou tudo na religião, tornando-se pastora. Entretanto, aos olhos de sua família, continuava sendo rebelde.

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“Aprendi que as mulheres não podem liderar, tendo que estar na cozinha e com as crianças. Portanto, embora fosse contra tudo o que me disseram, decidi me tornar pastora por causa do meu amor por me exibir em público.”

Em 2011, Mitchell, junto com o seu agora ex-marido, juntou-se à Woodland Hills Church, uma mega igreja evangélica em nos Estados Unidos, que abriu seus olhos para a igualdade de gênero dentro da fé.

“Fiquei pasma”, relembra, sobre a sua primeira visita à casa sagrada. Todos os domingos, ela era a primeira da fila a fazer uma pergunta ao pastor após o sermão.

“Um dos meus pastores disse: ‘Nikole, você percebeu que é teóloga? E eles disseram: ‘Gostaríamos que você fosse uma de nossas pastoras’ ” – Relembra Mitchell, que agora tem 36 anos de idade. “Estar no palco na frente de milhares de pessoas – isso é o que eu sonhei por anos.”

Em 2016, Mitchell conseguiu uma vaga como pastora semanal. Mas sua verdadeira identidade começou a se revelar quando, no fim do mesmo ano, assistiu a uma apresentação de teatro voltada ao público LGBT.

“Eu estava tipo,‘ Ó, meu Deus, eu não acho que sou hetero.’ E isso abalou meu mundo.” – Declara Mitchell, que agora se identifica como bissexual e pansexual. “Eu sabia que se revelasse a minha sexualidade, perderia tudo, porque a igreja não acolhe pessoas assim.”

De repente, lutando para manter a sua sexualidade em segredo, ela se sentiu como se estivesse vivendo “uma vida dupla”. Em 2017, após dar um sermão a um grande público, deixou a igreja para sempre: “Eu simplesmente nunca mais apareci por lá.”

Alguns meses depois, saiu do armário publicamente através de um vídeo confessional postado no seu canal no YouTube. Diante da reconstrução de sua vida, ela se perguntou o que viria a seguir.

“Comecei a seguir a esposa do meu coach de vida, que estava fazendo modelagem de lingerie. Foi um gatilho, mas eu já estava completamente atraída por esse universo.” Em seguida, ela se juntou a um fotógrafo para fazer a sua primeira sessão de fotos nuas.

“Chorei porque nunca havia me sentido mais santa, sagrada, sexy e livre em minha vida.”

Emocionada com sua nova vocação como stripper e modelo erótica, Mitchell criou uma conta em um site adulto em que posta fotos e vídeos explícitos em troca de dinheiro.

“Eu comecei muito tímida, com apenas fotos de topless, mas agora estou no ponto em que realizo pedidos pessoais.” – Afirma Mitchell, que também trabalha como coach de vida e oferece cursos como sobre como ser você mesmo.

“Cada pessoa tem o direito de se expressar da maneira que for melhor para ela e é assim que isso é bom para mim. Minha sexualidade é incrivelmente curativa e sagrada. E quando eu dou este presente às pessoas, isso as abençoa.” – conclui.

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