O Masp (Museu de Arte de São Paulo Assis Chateaubriand) segue fechado durante o período de quarentena na capital paulista, mas trabalha a todo vapor com atividades digitais.
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No mês de julho, a instituição promove oito cursos de diversos temas, como a arte e crítica social, a arte indígena e a representação negra na arte brasileira. São dez horas de conteúdo para cada assunto, divididos em cinco aulas, sempre nos mesmos horários e dias da semana (veja mais informações ao fim da reportagem).
O custo de matrícula é de R$ 240 por curso e as inscrições estão disponíveis no site do museu – vagas são limitadas. Assinantes do programa de benefícios Amigo Masp tem 15% de desconto.
As aulas são transmitidas ao vivo pela plataforma Elos. Quem se inscrever e não puder participar nos horários marcados terá acesso às gravações por período limitado. O Masp Escola irá emitir certificados digitais aos matriculados que comparecerem em ao menos três aulas.

Serviço: Cursos do Masp Escola em julho
Inscrições: masp.org.br/masp-escola
Dançar as revoluções: modos feministas de criar
Com Gabriela de Laurentiis
Às segundas: 20 e 27/7 e 3, 10 e 17/8, das 19h às 21h
• “Se não puder dançar, não é minha revolução”, disse a filósofa e ativista Emma Goldman, associando a dança a uma prática de liberdade. Em diálogo com o ciclo temático do MASP em 2020, as Histórias da dança, e apresentando trabalhos de Carrie Mae Weems, Anna Bella Geiger, Lygia Pape, Élle de Bernardini e Josefa Pereira, o curso volta-se às experiências da arte contemporânea que se aproximam poeticamente da imagem criada por Goldman.
A representação negra na arte brasileira
Com Kleber Antonio de Oliveira Amancio
Às terças: 21 e 28/7 e 4, 11 e 18/8, das 19h às 21h
• Ao examinar a representação de pessoas negras na história da arte brasileira, o curso pretende retomar a análise de obras que, em dado momento, foram sintomaticamente esquecidas e/ou marginalizadas nas narrativas frequentes e dominantes. Voltadas para o contexto brasileiro, as aulas irão propor comparações entre a produção nacional e a arte produzida em outros contextos da diáspora negra.
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Histórias do vestir: cinco artistas negros no acervo do MASP
Com Hanayrá Negreiros
Às quartas: 22 e 29/7 e 5, 12 e 19/8, das 19h às 21h
• Quais intersecções podem ser feitas entre as histórias da arte e as da moda no Brasil? O curso parte tanto desse questionamento quanto do legado das exposições Histórias afroatlânticas e Histórias das mulheres, histórias feministas, realizadas pelo MASP em 2018 e 2019, respectivamente. A cada aula será abordado um artista brasileiro presente nessas mostras e que hoje tem obras no acervo do museu. O objetivo é inspirar discussões sobre os estudos do vestir e das artes como alternativas para pensar histórias e narrativas negras.
Introdução à história da arte do Brasil: arte e crítica social (R$ 160) Com Fernanda Pitta Às quintas: 23 e 30/7 e 6, 13 e 20/8, das 19h às 21h • Ainda que nas últimas décadas o esforço historiográfico de armar um quadro a respeito da arte feita no Brasil tenha aumentado consideravelmente, ele tem algo de um mosaico incompleto. O curso tem como objetivo olhar para alguns artistas e obras-chave da coleção de arte brasileira do MASP e propor o exercício de analisá-las a partir de duas questões, aparentemente contraditórias, a tragédia e a paródia. Artes indígenas: por uma estética relacional ameríndia Com Els Lagrou Às quintas: 23 e 30/7 e 6, 13 e 20/8; das 19h30 às 21h30 • O curso propõe um amplo diálogo entre o mundo da arte e a antropologia. A partir do renovado interesse pelo universo indígena, o curso apresentará diferentes caminhos no cenário artístico brasileiro já que artistas e curadores indígenas, como Denilson Baniwa, Ailton Krenak, Jaider Esbell, Sandra Benites e Ibã huni Kuin, para citar apenas alguns, se fazem cada vez mais presentes no comum esforço de repensar as fronteiras, os cânones e as narrativas dos mundos da arte. Arte contemporânea africana: histórias, contextos e exposições Com Sabrina Moura Às sextas: 24 e 31/7 e 7, 14 e 21/8, das 16h às 18h • O curso introduz obras, contextos expositivos e conceitos relativos à produção artística africana, a partir dos anos 1960. Será examinada a emergência da cena contemporânea e o seu diálogo com o campo da arte global. Das práticas artísticas e curatoriais aos modos de expor, alunos irão discutir a revisão de marcadores que associam o campo da arte africana a uma temporalidade colonial. Cada aula será guiada por estudos de caso que iluminam as experiências históricas e políticas transversais às obras e exposições apresentadas. Além disso, os usos dos conceitos de moderno e contemporâneo serão situados em vista dos aportes teóricos que emergiram no campo da arte africana, a partir dos anos 2000. Introdução aos estudos de exposições e curadorias Com Ana Maria Maia Às terças: 4, 11, 18 e 25/8 e 1o/9, das 19h às 21h O objetivo desse curso é introduzir os estudos de exposições e a curadoria como ferramentas teóricas e práticas com as quais se pode atuar no circuito de arte. São ferramentas porque constituem saberes, mas não necessariamente ocupam o lugar de disciplinas ou campos autônomos. Aqueles que pesquisam ou fazem curadorias, em exposições ou outras plataformas (editoriais, educativas, de programações de eventos, só para citar algumas mais recorrentes), dominam recursos para intervir sobre os processos criativos e suas formas de mediação e disseminação, mas seguem tratando de arte, esse sim um campo a ser considerado. Lina Bo Bardi: arquitetura como ação social Com Marina Grinover Às quartas: 5, 12, 19 e 26/8 e 2/9, das 19h às 21h • O curso tratará da vida e da obra de Lina Bo Bardi. Nascida na Itália em 1914, a arquiteta escolheu o Brasil para viver e trabalhar desde 1947. Lina é autora do projeto do edifício do MASP entre outras obras significativas para as instituições culturais como o Museu de Arte Moderna da Bahia e o Sesc Pompéia. As aulas irão abordar o contexto histórico e cultural dos principais trabalhos realizados por ela nos campos da arquitetura e do desenho industrial.