Entretenimento

Pokémon e o desafio de agradar fãs exigentes com ‘Sword’ e ‘Shield’

Foram 23 anos de espera, mas finalmente os fãs de Pokémon podem aproveitar a experiência RPG completa da franquia em suas televisões com os títulos “Sword” e “Shield”, lançados neste mês para o Nintendo Switch.

Isso porque, até então, os jogos principais só saíam em consoles portáteis da empresa japonesa, como o Game Boy e o 3DS – saudosistas ainda podem usar a tela do Switch para jogar onde quiser.

A novidade deu bons frutos. Apenas na primeira semana, “Sword” e “Shield” venderam mais de 6 milhões de cópias – para comparação, o jogo mais vendido na plataforma é “Mario Kart 8 Deluxe” (2017), com 19 milhões.

Recomendados

Esse é o potencial que a desenvolvedora Game Freak tem nas mãos. Com ele, vem a responsabilidade de agradar uma base de fãs enorme e exigente – alguns deles não perdem uma geração desde “Blue” e “Red” (1996).

Como eles se saíram? Para começar, a história não tem grandes surpresas: você é um treinador iniciante que deve explorar a região de Galar capturando pokémons e batalhando com outros treinadores. Colete todos e enfrente os líderes para se tornar o campeão! Nada mal.

A trama clássica, porém, ganha novas possibilidades. No começo do jogo, o treinador é apresentado a uma área selvagem, que lembra os cenários em mundo aberto de “The Legend of Zelda: Breath of the Wild” (2017). Lá, é possível explorar livremente e capturar boa parte das 400 criaturas disponíveis – algumas novas, outras de jogos anteriores.

Outro recurso inédito é o “Dynamax”, recurso nas batalhas que deixa o Pokémon gigante e muito poderoso – movimento é indispensável para encarar os líderes dos ginásios. Vamos à luta!

Passo na direção certa, mas faltou capricho

O Switch tem um poder gráfico inferior aos concorrentes, mas nada justifica a qualidade de alguns dos elementos do jogo, principalmente cenários, como árvores, que parecem ter sido reaproveitados dos jogos da geração passada.

Outro problema que repercutiu na internet é a falta de todos os 890 pokémons já criados e a impossibilidade de transferir as capturas das gerações passadas para a atual.

A desenvolvedora defendeu que optou em usar apenas 400 porque iria recriar os personagens do zero, mas jogadores descobriram nos códigos que os designs das criaturas são similares (se não iguais) às antigas.

No fim, o importante é o jogo ser divertido – e é. A falta de caprichos, porém, quebrou a expectativa de alguns fãs, que entraram nos assuntos mais comentados do Twitter com a #GameFreakLied (#GameFreakMentiu).

Franquia de grandes números

Pokémon é uma das maiores franquias de entretenimento do mundo. Dados da empresa apontam 350 milhões de jogos de videogame vendidos. O anime acumula mais de mil episódios e os filmes da marca tiveram rendimento de R$ 3,3 bilhões. O jogo de cartas é outro produto em que Pokémon é bastante popular, com mais de 27 bilhões produzidas. E se quiser algum outro produto, é só procurar alguma das 600 companhias no mundo que estão licenciadas para fazê-lo.

Tags

Últimas Notícias


Nós recomendamos