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Richard Gere receberá as chaves de Florença por ativismo social

O ator norte-americano Richard Gere receberá as chaves de Florença, na Itália, por seu compromisso na defesa dos direitos humanos durante evento no próximo dia 14 de outubro, informou a Prefeitura da cidade nesta segunda-feira (7).

A cerimônia será realizada a partir das 18h (horário local), no Salone dei Cinquecento do Palazzo Vecchio, sede da Prefeitura do município toscano, na presença do Conselho da cidade e do prefeito Dario Nardella.

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A honraria é uma gratificação a Gere por seu trabalho como ativista, principalmente depois que embarcou, em agosto passado, em um navio humanitário da ONG espanhola Open Arms para levar comida e suprimentos a 121 migrantes salvos no Mediterrâneo, que estavam impedidos de desembarcar. Na ocasião, o então vice-premier e ministro do Interior da Itália, Matteo Salvini, não aprovou a entrada da embarcação nas águas italianas, deixando as pessoas há mais de uma semana a bordo.

A abertura do evento contará com discursos de Nardella e do presidente do conselho municipal, Luca Milani, além do diretor do Centro de Políticas de Migração do Instituto Universitário Europeu, Andrew Geddes. As chaves da cidade serão entregues depois de um diálogo entre o norte-americano e o prefeito, moderado pela jornalista Eva Giovannini.

Esta não será a primeira viagem do ator à Toscana. No verão passado, Gere, que é devoto do budismo tibetano, visitou o Instituto budista Lama Tzong Khapa em Pisa, um dos principais centros de referência na Itália e na Europa.

Reações

O anúncio da homenagem ao ator de Hollywood provocou polêmica na Itália e foi alvo de críticas por parte de políticos do Movimento 5 Estrelas (M5S), da Liga, do Força Itália (FI).

«Desta vez, Nardella, para conquistar as primeiras páginas dos jornais e garantir que as câmeras de TV destaquem a imigração ilegal, está fazendo de Florença a capital mundial das ações chiques radicais. Uma pena para Florença e os florentinos», disseram os conselheiros da oposição Ubaldo Bocci (coordenador de centro-direita); Federico Bussolin (Lega); Jacopo Cellai (FI); Alesandro Draghi e Roberto De Blasi (M5).

O líder do Partido Democrático (PD) no Palazzo Vecchio, Nicola Armentano, por sua vez, classificou a atitude como uma forma de estar ao lado daqueles que salvam vidas, especialmente porque «as empresas humanitárias de Richard Gere, das quais fazem piadas, são gestos de orgulho».

«O que eles chamam de ‘boa vontade radical e chique’, para nós é humanidade. Nossa parte política está do lado daqueles que salvam a vida de pessoas, homens, mulheres e crianças que fogem de países em guerra, de situações de privação e em busca de um futuro melhor. Desculpe se para vocês é motivo de ironia fútil, mas para nós é fonte de orgulho», rebateu o político centro-esquerdista.

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