Com mais de 30 livros publicados e uma consolidada trajetória como comentarista político, o historiador Marco Antonio Villa assume a partir de hoje a missão de ancorar o programa “Primeira Hora”, que vai ao ar de segunda a sábado, das 7h às 8h, na Rádio Bandeirantes.
Você é conhecido como comentarista. O que muda no papel de âncora?
Para mim, é um desafio, uma nova experiência. Esse é um grande grupo de comunicação, com uma tradição enorme no jornalismo. Tenho muito orgulho de fazer parte dessa equipe. Terei a mesma postura de buscar sempre fazer uma leitura crítica e propositiva em um momento muito difícil da conjuntura política brasileira. Os tempos são muito complexos, e vou buscar sempre trazer o olhar de historiador, com alguma reflexão e uma interpretação para vermos um pouco mais do que já estamos vendo.
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Quais os principais desafios da cobertura do noticiário político atual?
O país está muito tenso e polarizado como nunca esteve. A dificuldade está em buscar uma análise racional e científica em um momento em que o irracionalismo domina a política brasileira.
É possível equilibrar opinião e informação?
Fácil não é, mas é possível. É um exercício diário. O interesse por política nunca foi tão grande, mas também o extremismo e o fanatismo nunca foram tão grandes no Brasil.
Qual o papel da imprensa neste momento do país?
É um papel muito difícil mesmo, mas já houve outros muito difíceis na história do Brasil, e nós vamos superá-lo.
Qual o diferencial do rádio em um momento no qual as pessoas se informam cada vez mais por redes sociais?
O rádio foi se reinventando. Ele já morreu várias vezes e continua vivíssimo. Essa reinvenção foi concomitante a um processo de interesse muito grande pela política que vem desde 2014. O rádio passou a ter um papel enorme em todos esses momentos de tensão e virou também um trabalho de educação. Ele não é só notícia, mas discute, analisa e educa politicamente, o que é muito saudável.