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‘Para tocar viola tem que ter alma caipira’, diz Almir Sater; cantor fala sobre cenário do sertanejo

Reprodução/Instagram

Almir Sater é o tipo de músico e compositor que leva a sério o que canta. É um dos remanescentes do sertanejo dito raiz, que prima pela simplicidade e contato com a natureza. Violeiro nato, já tocou com lendas do gênero como Tião Carreiro – a quem considera seu mentor.

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Almir Sater conversou com o Metro Jornal sobre o atual cenário da música sertaneja e o show que apresenta nesta semana na capital mineira.

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Você se apresenta sempre em Minas. Se relaciona bem com o público daqui?

Tenho uma relação muito boa, não só com Belo Horizonte, mas com toda Minas Gerais. Sinto que as pessoas gostam do som que eu faço. BH tem bons teatros e minhas passagens pela cidade são sempre muito positivas. É ótimo tocar para quem gosta do som que a gente faz.

O que o público pode esperar desse show?

Essa turnê deriva de dois discos que fiz com o Renato Teixeira, o “Ar” e o “Mais Ar”. Estamos muito contentes com o resultado desses dois discos que nos trouxeram, inclusive, alguns Grammys. Além dessas músicas, vou interpretar sucessos que não podem faltar em meus shows, como “Tocando em Frente”.

Grande parte das músicas sertanejas de raiz enfatizam o contato com a natureza. Hoje, o sertanejo universitário ressalta outros tópicos, distanciando-se do que era feito antigamente. Você acha que o sertanejo universitário é de fato sertanejo?

Hoje em dia está muito difícil definir alguma coisa. O sertanejo sempre teve várias tendências: algumas eram românticas, outras tinham influências do mariachi mexicano, enfim. Eu acho que tem música boa e música ruim. Sempre teve. Creio que a grande diferença vem nas letras, afinal, nem todos têm a poesia de Renato Teixeira, por exemplo.

Muitas duplas sertanejas abdicaram da viola caipira e fazem arranjos com guitarras elétricas e piano. A viola caipira está entrando em desuso?

Acredito que não. Ainda temos grandes violeiros. A diferença é que para tocar viola tem que ter alma. Alma caipira. Tem que ter dedo para saber fazer um bom ponteado. Wilson Roberto, Tavinho Mouro e  Roberto Correia são alguns dos músicos que acompanho e mantêm viva a tradição da viola caipira.


Serviço
No Sesc Palladium (r.  Rio de Janeiro, 1046 – Centro). Quinta-feira (30), às 21h. Ingressos de R$ 64 a R$ 200.

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