Já há algum tempo que artistas apostam na mistura de gêneros musicais na composição de canções. É comum, por exemplo, ouvir rappers brasileiros que trazem grandes influências do sambas e da música popular brasileira.
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É nesse clima de intercâmbio de ritmos e melodias que o rapper maringaense Arthur Castilho, o TUTU, apresenta seu álbum de estreia: “Efeitos”. O disco já está disponível nas principais plataformas de streaming, como YouTube e Spotify.
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Com 20 minutos de duração e sete faixas, fica clara a influência de bandas como BaianaSystem e Nação Zumbi, e do rapper Criolo. O trabalho foi viabilizado pela Lei de Incentivo à Cultura, Prêmio Aniceto Matti.
“Os jogos com sons e significados das palavras vem do exercício de enxergar a mesma coisa com outros olhos. O disco é muito uma questão de percepção e ressignificação do momento, no mesmo tempo e espaço”, explicou o músico.
O álbum viaja por diferentes temas: desde o êxodo nordestino do sertão para os centros urbanos – na faixa “Ser Tão Urbano” –, até a canção “Jabuticaba”, em que o músico faz uma citação direta ao bairro Vila Operária, onde passou a infância.
“A Vila Operária é um bom exemplo do que está acontecendo pelo Brasil todo, com a elitização e especulação imobiliária. É um bom exemplo disso aqui em Maringá”, disse.
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Além de “Ser Tão Urbano” e “Jabuticaba”, o disco conta com as faixas “Efeito”, “O Sol na Cabeça”, “Passáro”, “Água” e “Abelha” – todas disponíveis gratuitamente nas plataformas digitais.
Ficha técnica
O álbum contou com a participação dos músicos João Guilherme Furlan (percussão), Rafael Morais (guitarra), Lubs e Gregory (do grupo Manada Crew) que fazem participação na faixa “Abelha”, e Patrícia Borges que participa das faixas “Água” e “Jabuticaba”. Todas as músicas foram compostas por Arthur Castilho.
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