Neste ano a primeira versão televisiva de “Sítio do Pica Pau Amarelo” comemorou 42 anos, na TV Globo. Começaram, porém, a surgir novas adaptações desses personagens, afinal a partir é também em 2019 que a obra do escritor Monteiro Lobato entrou em domínio público. E nem tudo é tão simples quanto parece.
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Domínio público é a liberdade de se replicar a obra de um artista sem precisar pagar a ele e seus familiares pelo uso. No Brasil, esse fim dos direitos autorais começa a vigorar 70 anos após a morte da pessoa que criou a obra e em 2019 foi a vez de Monteiro Lobato entrar nesse rol.
Sendo ele até hoje um dos escritores mais populares da literatura infantil (mesmo com polêmicas recentes o ligando a pautas como o racismo), várias editoras começaram a preparar reimpressões das obras de Lobato – que até então pertenciam apenas à Editora Globo.
Entre os planos mais ambiciosos do mercado está o da FDT, que planeja reimprimir toda a obra do autor em volumes ricamente ilustrados. “É um segundo plano, uma interpretação do texto”, diz Carlo Giovani, ilustrador da FDT.
As ilustrações originais não são parte do domínio público, nem os programas de TV, mas agora é possível criar versões delas sem autorização. Só neste ano devem ser lançados 13 livros pelo grupo – dois deles já à venda.
A Turma da Mônica também publicou edições com personagens criados por Lobato. Este encontro de Mônica e Emília já está nas prateleiras das livrarias a R$ 34,90 e apresenta Magali como Narizinho, protagonista do maior volume de histórias do escritor paulista. A antiga detentora dos direitos, a editora Globo, e a Companhia das Letras também pretendem reimprimir os textos de Monteiro Lobato.