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Lollapalooza: ‘Voltamos mais fortes e felizes’, comemora vocalista do Snow Patrol

Quase inativos desde 2012, os britânicos do Snow Patrol retomaram suas atividades no ano passado com o lançamento do álbum “Wildness”. É esse disco que embala o show que eles fazem hoje, às 21h, na Audio (av. Francisco Matarazzo, 694, Água Branca, tel.: 3862-8279; de 260 a R$ 340), dentro de uma festa paralela do Lollapalooza, onde o grupo toca no sábado – o dia de hoje inclui ainda uma Lolla Party de St. Vincent, às 22h, no Cine Joia (pça. Carlos Gomes, 82, Liberdade, tel.: 3101-1305; de R$ 260).

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Ao Metro Jornal, o vocalista Gary Lightbody explica o que aconteceu durante esse hiato e como foi retomar as atividades ao lado de Paul Wilson, Jonny Quinn, Nathan Connolly e Tom Simpson.

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A banda esteve em descanso desde 2012. O que aconteceu durante essa pausa?

Sim, o plano era aproveitar 2013 para fazermos o que quiséssemos e voltar em 2014 para criar um disco. Nunca pensamos que levaria tanto tempo! (Risos) Infelizmente não deu certo, tinha muita coisa em jogo. Eu estava bebendo demais e não estava pensando no álbum. Precisei de um tempo para ficar sóbrio. Quando isso aconteceu, compor ficou mais fácil e as coisas começaram a acontecer mais rapidamente. Voltamos mais fortes e mais felizes, conectados entre nós mesmos. Foi um tempo longo, sobretudo para os fãs, mas era o tempo que precisávamos.

Você disse que a música “Life on Earth” é similar a “Chasing Cars” (2006), porque muita gente se identifica com elas…

Bem, essa é a canção mais difícil que já escrevi. É engraçado porque “Chasing Cars” foi criada na mesma noite em que fiz outras dez canções, tudo em um espaço de duas horas. Para fazer “Life on Earth”, levei cinco anos. Apesar de compor ser um de meus talentos, essa é uma música que precisou ser revisitada muitas vezes. A melodia é simples e não levou muito tempo. O difícil foi fazer a letra e a melodia vocal. Eu a refiz muitas vezes, tenho um livro completo com tentativas de fazer essa letra. Foi a canção que me fez pensar que deveria abandonar a composição para sempre. Foram cinco malditos anos e, quando por fim terminei, vivi um sentimento triunfal por ter passado por isso. Essa canção me quebrou em pedaços para depois me curar.

Como você descreveria o álbum “Wildness”?

(Risos) É complicado. Creio que é o disco mais bem escrito que já fizemos. É um disco apaixonado e feroz talvez até demais. Ele fala sobre ter coragem mesmo quando você sente medo. É uma contradição. Nunca estive tão orgulhoso de um disco quanto deste. Se ele fosse uma pessoa, seria do tipo que vai estudar em Harvard (risos). Tenho afeto por ele. Todo o tempo e esforço que ele exigiu o torna especial. Além disso, já testamos a paciência dos fãs uma vez, não faremos isso de novo.

Muitas bandas se sentem melhores depois de voltarem de um hiato. Isso aconteceu com vocês?

Sim, certamente. Quando voltamos propriamente ao estúdio, no início de 2017, estávamos muito emocionados. Dá para notar no álbum que cada um estava inteiro ali. A bateria está em outro nível. É Jonny em sua melhor forma. Todos sacaram suas melhores cartas para esse momento.

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