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O Lago dos Cisnes: SPCD cria montagem inédita para o clássico

Uma versão grandiosa de “O Lago dos Cisnes” encerra as comemorações pelos dez anos da São Paulo Companhia de Dança (SPCD).

Montar uma versão grandiosa de “O Lago dos Cisnes” é uma tarefa hercúlea. O exercício, no entanto, parecia a melhor forma de encerrar as comemorações pelos dez anos da São Paulo Companhia de Dança (SPCD), que embarca a partir de amanhã em uma temporada do balé que se estende até dezembro.

“Começamos esse trabalho em 2013, ao montar ‘Romeu e Julieta’. Passamos por ‘La Sylphide’, fomos a ‘Dom Quixote’ e vamos agora para um grande clássico. Precisamos de um tempo de maturação e de conhecimento de todos os artistas para termos condição de fazê-lo”, explica Inês Bogéa, diretora artística da companhia.

Os preparativos começaram há mais de um ano, quando o grupo montou apenas o chamado “ato branco” do “Lago” – os ingressos esgotaram em menos de 24 horas.

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O sucesso promete se repetir agora com a versão completa coreografada pelo argentino Mario Galizzi a partir da obra criada no final do século 19 por Marius Petipa e Lev Ivanov para o Balé do Teatro Mariinsky, na Rússia. Os cenários são de Marco Lima, e os figurinos couberam a Fabio Namatame e Tânia Agra.

A trilha de Tchaikovsky segue embalando a história de uma jovem aprisionada no corpo de um cisne que vê a chance de se livrar da sina a partir do amor que partilha com um príncipe.

O romance ganha contornos trágicos quando o rapaz, pressionado pela mãe para se casar, é enganado pelo feiticeiro responsável pela maldição e acaba jurando amor eterno a outra.

“Esse é um balé sobre questões humanas profundas. Fala sobre traição, medo, desejo, tomada de decisão. É o clássico dos clássicos!”, aponta Inês.

Um dos pontos altos da obra é o tour de force exigido, em especial, da bailarina protagonista, que precisa encarnar numa mesma noite a dualidade entre o lânguido Cisne Branco e o sedutor Cisne Negro. Quatro delas se revezam no papel: Thamiris Prata, Paula Alves, Luciana Davi e Luiza Lopes, ex-integrante da SPCD e atual primeira-solista do Royal Swedish Ballet.

“Esse é um balé que exige engajamento físico e emocional dos bailarinos. É uma delícia ver como cada pessoa o interpreta”, diz Inês.

Serviço
No Teatro Sérgio Cardoso (r. Rui Barbosa, 153, Bela Vista, tel.: 3288-0136). Estreia quarta-feira (13).
Qua., qui. e sáb., às 21h; sex., às 21h30; dom., às 18h. De R$ 30 a R$ 50. Até 2/12.

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