Escrito e dirigido por John Carpenter, “Halloween” é considerado um dos mais icônicos filmes da indústria de horror. Em seu lançamento, em 1978, ele arrecadou US$ 47 milhões de bilheteria apenas nos EUA, um feito e tanto se for considerado o orçamento enxuto de apenas US$ 325 mil. O longa não apenas lançou a carreira de Jamie Lee Curtis como também abriu caminho para o sucesso do gênero slasher, transformando a figura do assassino Michael Myers em uma das faces mais assustadoras da história do cinema.
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Curtis volta agora às ruas de Haddonfield para compartilhar uma nova experiência 40 anos depois. Em “Halloween”, que estreia nesta quinta-feira (25), a atriz volta a encarnar Laurie Strode, que está pronta para o confronto final com o mascarado que a persegue desde que ela escapou de um massacre em pleno Dia das Bruxas. Diretor do filme original e mestre do horror, John Carpenter atua agora como produtor-executivo e conselheiro criativo, orientando o cineasta David Gordon Green a traçar um novo caminho a partir do filme de 1978.
Metro entrevista: Jamie Lee Curtis
Você já havia se despedido dessa personagem. O que aconteceu?
Estou louca! Há 40 anos, fiz Laurie Strode. Há 20 anos, tentei dizer adeus à personagem e agora estou aqui, 16 anos depois de tê-la encarnado pela última vez, encontrando de novo Michael Myers. Voltei porque o filme começa exatamente onde “Halloween” acaba. Também se trata de um ajuste de contas com os fãs que amam o filme original e esta é uma forma de presenteá-los com um capítulo final.
O que foi mais complicado?
Tudo! Faço 60 anos no dia 22 de novembro. Não sou mais aquela garota de 20 anos, apesar de ainda ter a mesma energia (risos). Permaneci no set como há 40 anos e interpreto a mesma personagem. Era outubro de 1978 quando o agora famoso assassino chamado Michael Myers passou a caçar babás pelas ruas de Haddonfield, e eu era uma delas. Quem imaginaria que esse filme se tornaria um clássico de horror?
Agora você também é produtora. Como foi a cumplicidade com John Carpenter e o diretor David Gordon Green?
Para sermos autênticos e irrepreensíveis em relação ao filme de 1978, precisávamos da benção de John. Nós nos encontramos várias vezes, ele tinha algumas ideias e algumas preocupações. Ter a aprovação dele era indispensável. Nós três estabelecemos um grande vínculo, mas, acima de tudo, fizemos um filme para surpreender as pessoas e fazê-las experimentar uma aventura excitante.
Qual sua melhor lembrança do filme?
Quando encontrei Carpenter no set, estava filmando uma cena na qual eu fujo e dou de cara com Michael Myers. Senti as mesmas emoções de 40 anos atrás.
Qual seria a maior fortaleza de Laurie?
Ela era uma estudante esperta que apenas via a vida começar. Ela provavelmente estava em busca de coisas diferentes e aí, de repente, Michael Myers surgiu. A vida dela virou de cabeça para baixo em uma fração de segundos e ela não esperava por isso. O que aconteceu depois é o filme que estamos fazendo agora. Quarenta anos depois, essa mulher tem certeza que Michael Myers está voltando. Laurie e sua família precisam estar preparadas, com o instinto alerta e o coração a mil.