O cinema negro foi o grande premiado do encerramento do Festival de Brasília do Cinema Brasileiro, ocorrido na noite do último domingo (23). Dirigido e protagonizado por negros, o longa mineiro “Temporada” conquistou cinco Candangos, promovendo uma grande celebração da diversidade racial e de gênero.
“Muito obrigado. Viva Zózimo Bulbul. Viva Cristina Amaral. Viva o cinema negro brasileiro. Por mais protagonismo negro nas telas”, disse o diretor André Novais de Oliveira ao receber o troféu de melhor filme.
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O combativo diretor e ator negro Zózimo Bulbul, citado pelo cineasta, foi inspiração de uma das principais inovações da edição, batizando um prêmio inédito aos filmes que melhor retratam a questão negra, que agraciou o filme universitário “Impermeável Pavio Curto”, de Higor Gomes; o curta “Eu, Minha mãe e Wallace”, dos Irmãos Carvalho, e o longa “Ilha”, de Ary Rosa e Glenda Nicacio.
Com muitos gritos de “ele não” por parte dos agraciados, em rechaço à candidatura de Jair Bolsonaro à presidência, a cerimônia apresentada por Marina Person e André Gonzales contou com a distribuição de 43 prêmios, tendo 23 deles sido recebidos por pessoas negras.
“Nosso lugar é aqui mesmo, neste palco, que nossa negrura invada todos os espaços”, disse Glenda Nicácio.
Entre os curtas, o troféu de melhor filme ficou com o documentário de um coletivo de luta por moradia, “Conte Isso Àqueles que dizem que fomos derrotados”.