De olho nas atenções obtidas com o período eleitoral, os jornalistas Chico Otávio e Cristina Tardáguila acabam de lançar o livro “Você Foi Enganado – Mentiras, Exageros e Contradições dos Últimos Presidentes do Brasil”.
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O repórter do jornal “O Globo” e um dos fundadores da Abraji (Agência Brasileira de Jornalismo Investigativo) se uniu à checadora de fatos e criadora da Lupa, primeira agência de checagem do Brasil, para investigar afirmações de campanhas e mandatos passados.
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“Não vamos desvalorizar moeda nenhuma.” – FHC, 6 meses antes da crise provocada pela desvalorização do Real, em 1999.
Casos em torno de Arthur Bernardes, o 12o presidente da República, eleito em 1922, foram escolhidos para a abertura do livro.
A partir do general Figueiredo, que botou em prática a distensão lenta e gradual do regime ditatorial, a trama entra em detalhes sobre as citações. A frase do capítulo do general é: “Quem for contra o processo de abertura, eu prendo e arrebento”, e os autores exploram o atentado a bomba que vitimou um sargento no Riocentro, em 1981. Subordinados ao presidente, eles foram tratados como vítima, e não como agressores.
“Se ganharmos, parte da corrupção neste país desaparece no 1º semestre.” – Luiz Inácio Lula da Silva, condenado e preso por corrupção passiva
“Partimos do princípio de que todo político mente. O livro é um mergulho na checagem presidencial e histórica, são 100 anos de frases ditas pelos nossos presidentes e desconstruídas de forma cabal”, conta Cristina.
O objetivo, segundo Chico, não é fazer uma crítica à política, mas propor uma reflexão sobre as afirmações feitas em período de campanha. “Não dá para comprar o discurso político de graça. O eleitor tem que ser crítico e ficar atento para que não se deixe ser enganado”, afirma.
“Não tenho banqueiro me apoiando e me sustentando.” – Dilma Rousseff, 4 anos antes de nomear o diretor do Bradesco Joaquim Levy para o ministério da fazenda
Uma fonte importante para analisar frases presidenciais do período democrático foram os horários eleitorais na mídia – e, por isso, as maiores estrelas do livro são do período posterior à ditadura.
Cristina assistiu a todas as propagandas políticas dos presidentes, de 1989 a 2014. Para isso, ela usou o acervo do Doxa, laboratório de estudos eleitorais da Uerj (Universidade do Estado do Rio de Janeiro), que disponibiliza todos os programas eleitorais já veiculados desde a redemocratização. Para os mais antigos, buscaram no conteúdo impresso das publicações mais relevantes do período.
“Qualquer possibilidade de impeachment será impensável.” – Michel Temer, ainda vice de Dilma