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HQ de Wesley Rodrigues coloca vaca para voar

Com filmes como “O Violeiro Fantasma”, Wesley Rodrigues se consagrou como um dos mais importantes nomes da animação nacional.

Com filmes como “Faroeste: Um Autêntico Western” e “O Violeiro Fantasma”, Wesley Rodrigues se consagrou como um dos mais importantes nomes da animação nacional, sendo homenageado, este ano, pelo Anima Mundi.

O que o robusto livro “Imaginário Coletivo” faz é revelar ao público uma outra faceta desse artista goiano: a de quadrinista.

Foi nos momentos de folga durante um trabalho em Porto Alegre que a caneta de Wesley rabiscou no papel os primeiros desenhos de uma simpática vaca. De início, ela andava de bicicleta, mas não demorou muito para a mimosa ganhar asas.

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“Comecei a desenhar de bobeira, daí fui trabalhando em cima e vi que daria fazer outras coisas com ela para tratar de temas importantes de maneira leve”, diz ele.

Surgiu assim a ideia de uma fábula criativa sobre liberdade e força vontade: na hora de vir ao mundo, uma vaca com desejo de ser pássaro burla o sistema e atravessa uma porta errada.

Ela é descoberta por um casal que a toma sob seus cuidados e, à medida que cresce, ganha novas habilidades, afetando não apenas o cotidiano dos dois, mas também da comunidade onde eles vivem, comandada por um rei tirano que se importa apenas com o ouro garimpado por seus súditos.

“O que importava para a vaca é o que ela sentia dentro dela, e ela foi buscar essa imagem para mostrar a si mesma para o mundo e as pessoas”, afirma o artista, que demorou dois anos para finalizar as quase 500 páginas da publicação, muitas delas desenhadas enquanto ele mochilava pelos Andes.

Wesley conduz o leitor por uma viagem existencialista que mistura noções de física e psicologia. Para isso, ele se vale de traços rápidos, mas detalhados, feitos com caneta, numa sucessão de quadros que carregam a fluidez de suas animações.

“Gosto do contraste do preto e branco e queria que o leitor percebesse o frescor do esboço juntamente com o desenho final. Penso muito também na diagramação, em como a pessoa vai passar o olho pela página para pegar as informações. Uma página sem movimento não gera interesse”, explica.

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