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MasterChef: Fiquei confiante quando vi porco, diz André

O chef de cozinha André Pionteke enfrentou uma das poucas Caixas Misteriosas na fase de embates do MasterChef Profissionais 2018. O curitibano foi desafiado a preparar um prato asiático, uma de suas especialidades, que agradasse aos jurados Henrique Fogaça, Paola Carosella e Erick Jacquin.

«Eu suspeitava que [meu embate] seria de comida japonesa, mas pensei que seria mais na linha de peixe. Eu gosto de trabalhar com todos os sabores, mas queria trazer um pouco de proteína animal da terra. Então, fiquei confiante quando eu vi a carne de porco», afirmou o participante em entrevista ao Portal da Band.

«Falei: ‘Estou em casa, estou tranquilo e vou me dar bem’. Quando eu olhei a Caixa Misteriosa, eu não titubeei nenhum momento. Eu já sabia o que ia fazer com os legumes que estavam ali. Em menos de cinco minutos, já estava com a ideia pronta e fui até o final», completou.

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«Entrar no MasterChef Profissionais foi um alívio. Eu me inscrevi mais por insistência dos meus amigos, porque eu estou numa busca de conhecimento próprio e resolvi me afastar da minha área na culinária. Então, fui para a praia trabalhar em um outro formato de restaurante, mais tranquilo, sem tanta equipe, para que eu pudesse me definir como pessoa», disse.

«Só que eu meio que caí na inércia. Eu estava desacelerando. Então eu resolvi arriscar. Não tinha nada a perder, eu já estava na minha. E teve uma frase de um amigo meu que ajudou: ‘André, a gente é estrela. A gente foi feito para brilhar. Então, não adianta você se esconder porque alguma hora alguma coisa vai te puxar’. Isso foi a fagulha», relembrou.

«Então eu olhei para mim outra pessoa, outro profissional. Totalmente diferente de quem eu era quando saí da realidade da alta gastronomia. Então, foi esse estalo de sair da mesmice. Larguei tudo para aproveitar essa chance, já que todo mundo acredita em mim. Vim dar a cara a tapa, vim mostrar para o Brasil como é que é e deu certo», disse ainda.

Com um vasto currículo, André passou por diversas cozinhas que trouxeram a filosofia da gastronomia oriental para sua vida. «Desde o meu primeiro emprego, meu chef sempre falava que eu inconscientemente puxava para um lado oriental. Eu nunca tive essa percepção, mas ao logo dos anos como cozinheiro, a questão do respeito que o oriente tem com o alimento sempre me puxou. Toda parte oriental tem um respeito maior com os ingredientes do que nós do Ocidente», afirmou o chef de cozinha.

«Então, a questão de ir atrás do produto, ter a melhor cenoura, o melhor porco, o melhor peixe, acabou me puxando para as técnicas orientas. Tive a oportunidade de trabalhar em um restaurante tailandês e eu abracei a causa. Aprendi técnicas, temperos e foi abrindo a minha cabeça para essa linha», relembrou.

Depois de idas e vindas, o curitibano recebeu o convite para reerguer um restaurante japonês. «A vida inteira alguma coisa me levava para essa linha. Vim para São Paulo, fiz estágio com chefs japoneses, com Albert Landgraf, com Jefferson Rueda, e isso foi abrindo a minha cabeça. Eu consegui encaixar a filosofia de vida que eu tinha com o respeito japonês para o ingrediente», disse.

«Consegui alinhar e ter um equilíbrio, entre qualidade de vida e trabalho. Comecei a estudar, ir atrás de técnica, de livros e foquei na cozinha oriental, com foco mais na japonesa, com extração de caldo. Queria entender o que é umami, o que é sabor, como extrair o sabor», afirmou.

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