Muito se fala que os jurados do MasterChef Profissionais são bastante rigorosos e críticos aos pratos apresentados pelos participantes do talent show culinário da Band. Durante a coletiva de imprensa, Paola Carosella ressaltou que a avaliação durante as provas da temporada é nivelada pela qualidade dos cozinheiros. «Para mim, o que muda nas nossas avaliações é o nível da pessoa que está na nossa frente. Eu não posso pedir a mesma coisa para pessoas diferentes, porque nem todas as pessoas têm os mesmos talentos. Então, as avaliações ficam mais fortes e mais personalizadas a medida em que o programa avança», disse a jurada. «Nós vamos conhecendo a performance de cada um dos participantes e eu já sei que um cozinheiro poderia ter feito muito melhor, porque eu já vi ele fazer. Eu sei que essa cozinheira se perdeu e que não conseguiu captar a cozinha própria dela, começou a copiar e, na cópia, perdeu a qualidade», continuou. «O nível da nossa avaliação, a nossa exigência, é compatível com a qualidade do cozinheiro. Não posso avaliar igual uma pessoa amadora que adora cozinhar há um ano e só viu vídeos na internet com uma amadora que faz jantares em casa há 15 anos, que compra revistas de gastronomia. As pessoas são diferentes», explicou. «Um chef de cozinha que tem 16 anos de profissão, em que o foco dele é cozinha de produto, e uma cozinheira que trabalha há três anos, mas sempre foi terceira linha na cozinha, são pessoas diferentes. Então, a nossa avaliação nunca pode ser a mesma. A gente sempre tem muito respeito, como ressaltou o [Erick] Jacquin«, afirmou. «Se eu tivesse que participar do MasterChef Profissionais, teria provas onde eu sofreria muito. Porque cada cozinheiro tem o seu estilo, a sua bagagem e aquilo que sabe fazer. Por isso que as pessoas gostam tanto do programa: porque coloca os profissionais em saias muito justas, em situações muito difíceis», disse ainda. «É aí que a gente vê o quanto importa a postura, a cabeça, saber lidar com a pressão. O cozinheiro, mesmo em situação extrema, tem que lembrar que o que ele sabe fazer é cozinhar. E o restante ele tem que desconsiderar: o tempo, o relógio, as câmeras, os gritos, a falta de ferramentas no meio do mato, cozinhar uma galinha que não foi despenada. O cozinheiro não pode se abalar por tudo isso», explicou. «Porque o nosso ofício está cheio dessas coisas, constantemente. Eu tenho que abrir um restaurante e acabou a luz. Mas eu tenho que abrir porque eu tenho 60 reservas. Eu vou botar vela e cozinhar no forno a lenha. Então, eu me viro. Eu troco o cardápio. Já aconteceu mil vezes. Ou, então, eu tenho uma reserva de 25 pessoas às 20h. Vão chegar em 15 minutos e é a turma inteira do U2. E são todos veganos. Acontece», concluiu. Carossella também revelou um pouco dos bastidores das avaliações dos pratos – os cozinheiros geralmente produzem dois pratos. «A primeira avaliação é entre nós, sozinhos. Os participantes fazem dois pratos e o primeiro é entregue para nós, ainda quente. A gente vai para uma sala afastada, experimenta com calma e já avalia tudo», contou. «A segunda avaliação, a gente volta a experimentar, mas a gente já lembra. Então não tem: ‘Aí, o prato é ruim, mas você é tão fofo que eu vou te dar um ok’. O que pode acontecer é a gente avaliar e falar para a pessoa manter mais a calma porque é um super cozinheiro e, que se ele se desestabiliza, o erro aparece no prato», finalizou.