Você pode até não gostar de musicais, mas provavelmente seu ouvido já esbarrou com alguma das canções-chiclete do hit “O Fantasma da Ópera” em alguma loja, festa de 15 anos ou show de calouros.
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Nada parece arrefecer o sucesso das composições do guru Andrew Lloyd Webber para o musical livremente inspirado no romance de Gaston Leroux e que está em cartaz na Broadway há 30 anos ininterruptos.
O fato de reunir um público incansável motivou uma remontagem, que estreia hoje, no Teatro Renault, 13 anos após “O Fantasma da Ópera” ter somado público de 880 mil pessoas em sua primeira versão brasileira, tornando-se o musical mais visto no país.
Os fãs podem ficar tranquilos: não há qualquer invencionice na nova produção, que mantém a estrutura e as canções originais. O diferencial – além das melhorias tecnológicas – é a aposta em cantores líricos para o duo principal.
Thiago Arancam vive o músico que, após ter o rosto deformado, se enclausura nos porões da Ópera de Paris e fica obcecado pela jovem corista Christine, interpretada pela soprano Lina Mendes. Ele exige que a jovem se torne a principal cantora da casa, criando pânico quando suas demandas não são atendidas.
“Meu personagem tem um peso tão dramático quanto qualquer ópera. Embora pareçam universos distintos, essas produções têm semelhanças”, diz Arancam.
“Esse musical fala de nosso métier. Sinto que consigo transitar pelo registro da ópera em um mundo diferente”, defende Lina.