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Primeira sitcom nacional da Netflix, Samantha! resgata universo nostálgico dos anos 1980

Divulgação/Netflix

Ela foi a líder da Turminha Plimplom. Um sucesso nascido nos palcos da TV oitentista em meio às chuvas de cartinhas de fãs que hoje vive no ostracismo, mas busca incessantemente reconquistar o estrelato. Essa é a trama de “Samantha!”, terceira série brasileira da Netflix, e primeira do gênero comédia, que estreia nesta sexta-feira (6) sua primeira temporada com sete episódios.

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Protagonizada por Emanuelle Araújo, que abraça com paixão o papel da ex-cantora mirim que cresce e perde a graça, a produção conta ainda com Douglas Silva, o Dadinho de “Cidade de Deus” e Acerola de “Cidade dos Homens”, que vive seu marido Dodói, um ex-jogador de futebol que acaba de sair da prisão onde ficou por 12 anos – tempo em que Samantha teve dois filhos: Cindy (Sabrina Nonato) e Brandon (Cauã Gonçalves).

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“Eu me apaixonei por Samantha logo no início. Quando li o esboço do que seria, o que mais me seduziu foi ver que a gente estava falando de um universo, não só de uma figura em especial. Samantha retrata um universo que envolve os anos 80, o universo da TV. E tem muito desse humor ácido, dessa comédia de situação”, diz Emanuelle em entrevista ao Metro Jornal.

Segundo a atriz e cantora, apesar das comparações com nomes famosos da televisão e de suas próprias referências como fã de vários programas, ela não se prendeu a ninguém em especial para criar a personagem. “Para mim era importante que a Samantha fosse uma pessoa, sem julgamentos. Eu procurei não dar adjetivos, pois ela ainda vive em um universo particular”, explica.

Apesar da obsessão da protagonista com a fama, a série mostra que ela criou os filhos sozinha, já que o marido estava na cadeia, e que apoia as opiniões das crianças ainda que sejam bem diferentes das suas. “A maternidade tira a Samantha do estereótipo, por isso é um ponto muito importante da história. Ela é uma mãe extremamente presente, do jeito dela, mas ela é. Ela tem o objetivo dela, mas não isso interfere que ela tenha outros afetos”, afirma Emanuelle.

Na trama, a filha Cindy é feminista, vegana e luta por várias ambientais enquanto o filho Brandon é uma criança daquelas que podem ser apontadas como tendo “alma de adulto”. Apesar disso, os dois são muito ligados à mãe e a ajudam sempre em suas estratégias malucas de reconquista da fama.

De acordo com o criador e roteirista da série, Felipe Braga, a ideia da produção era exatamente mostrar esse contraste entre os personagens dentro de uma comédia que fosse bem brasileira. “Pareceu natural que os filhos fossem diferentes da Samantha, que veio de uma outra época. Os personagens se contrapõem uns com os outros, mas também se complementam e percebem que juntos são muito mais fortes. Foi uma mensagem que queríamos passar junto com toda a graça envolvendo o absurdo e o sarcasmo dos anos 1980”, afirmou o showrunner.

É bom dizer que a série conta com participações especiais de ícones dos anos 1980, como a atriz Luciana Vendramini e a cantora Gretchen – que é a atual rainha da internet com memes que dominam as redes sociais.

Destaque ainda para Daniel Furlan, o Renan do programa “Choque de Cultura”, que aqui vive o empresário picareta Marcinho e arranca boas risadas e também Lorena Comparato, irmã da atriz Bianca Comparato, de “3%”, que encarna a blogueira Laila com perfeição e protagoniza alguns dos melhores diálogos do seriado.

Apesar de algumas falhas de roteiro, em especial na falta de desenvolvimento de alguns personagens, e no estilo meio novelesco de filmagem, com muito da trama em um único cenário, “Samantha!” é uma produção bastante divertida que cumpre o objetivo de entreter e demonstra potencial para uma segunda temporada, ainda não confirmada pela Netflix. Vale conferir.

Veja o trailer de «Samantha!»:

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