Na cena de abertura de “Paraíso Perdido”, atualmente em cartaz nos cinemas, um elegante Erasmo Carlos aparece numa boate com uma mensagem: “Bem-vindo ao lugar para aqueles que sabem amar”. A frase não funciona apenas como um convite: é um aviso de que a trama a seguir é um emaranhado de relações complicadas e misteriosas marcadas por muito amor – e um quê de tragédia.
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Sustentado por um elenco estelar, o filme marca o retorno ao cinema da diretora Monique Gardenberg 11 anos após a estreia de “Ó Paí, Ó” e também a retomada da carreira de ator de Erasmo, que esteve em clássicos do cinema nacional, como “Roberto Carlos a 300 km por Hora” (1971).
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Mas, diferentemente da comédia escrachada de 2007, “Paraíso Perdido” não abre espaço para o riso fácil. No lugar disso, apresenta um melodrama embalado por clássicos da música romântica.
“Essas músicas têm uma força junto ao povo. Essa história vem embebida dessas paixões e das temáticas que as letras dessas canções tratam. Então, o filme é intenso. É sangue na veia”, diz Monique.
O longa gira em torno da família encabeçada por José (Erasmo Carlos), dono da boate Paraíso Perdido, onde vive com o filho Angelo (Júlio Andrade), um cantor amargurado por não ter perdoado a traição do grande amor há 30 anos. Frustrada, ela o abandonou e deixou a filha Celeste (Júlia Konrad) para ele criar.
A outra filha de José, Eva (Hermila Guedes), está prestes a ser solta, depois de ficar 20 anos na prisão por matar o homem que a espancou quando estava grávida. Na cadeia, ela se apaixona pela presidiária Milene (Marjorie Estiano).
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Tudo vira de cabeça para baixo quando o policial Odair (Lee Taylor) é contratado para ser segurança da filha de Eva, a drag queen Imã (Jaloo).
Veja o trailer do filme:
