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Mostra de cinema na av. Paulista celebra meio século do ano de 1968

A mostra «50 anos de 1968» começou nesta quarta-feira (30), em comemoração ao clima febril do chamado «ano que não terminou». Exibida no tradicional cinema do Conjunto Nacional, o evento marca uma nova fase do Cinearte; agora o espaço recebe patrocínio da Petrobras e a incorpora a seu nome.

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Os longas em exibição expressam «o espírito de 68», como Acossado (1960), de Jean-Luc Godard, A Primeira Noite de um Homem (1968), de Mike Nichols, e o recente No Intenso Agora (2017), de João Moreira Salles. As exibições acontecem sempre às 19h, com ingresso gratuito. A programação da segunda semana da mostra será divulgada na próxima segunda-feira.

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Com Acossado, Jean-Luc Godard meio que inaugura a estética cinematográfica dos sixties. Contrapondo-se ao cinema pesadão e literário dominante na França, os garotos da nouvelle vague (Godard era o mais ousado) propõe uma linguagem muito livre para narrar um amor bandido entre Jean-Paul Belmondo e Jean Seberg. Câmera na mão, cortes bruscos, montagem assimétrica – para dizer que uma época de maior instabilidade havia chegado.  E de maior liberdade também, como expressa o romance entre o rapaz (Dustin Hoffman) e uma senhora de mais idade, Mrs. Robinson (Anne Bancroft) em A Primeira Noite de um Homem, de Mike Nichols.

Completa a primeira parte da mostra o belo No Intenso Agora. Uma narrativa que incorpora material doméstico (sobre a viagem da mãe do diretor à China) a imagens de arquivo sobre o maio de 68 francês, a repressão à Primavera de Praga e o ano de 1968 no Brasil, transe que culmina com o AI-5 e o acirramento da ditadura.

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