O futuro que se apresenta em “Ghost in the Shell: A Vigilante do Amanhã” é um tanto agridoce. No longa de Rupert Sanders, que estreia hoje (30), a tecnologia não ajudou a resolver problemas como desigualdade social, mas permitiu melhoramentos genéticos e o advento de máquinas extremamente inteligentes.
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Major, vivida por Scarlett Johansson, é a consagração desse conhecimento. Programada para combater o crime, ela é o primeiro caso bem sucedido de fusão entre cérebro humano e corpo maquinal, que pode ser reconstruído e aprimorado continuamente.
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No filme, sua missão é deter Kuze (Michael Pitt), que elevou o crime a novos níveis. Seu alvo é a mente dos humanos, que ele hackeia e controla em benefício próprio.
A caçada ao terrorista leva Major a fazer mergulhos em sua própria consciência. Ela passa então a desconfiar do que lhe foi dito e entra em uma cruzada pela verdade.
Criado na forma de mangá pelo japonês Masamune Shirow, “Ghost in the Shell” tem uma forte base de fãs desde que foi publicado pela primeira vez, em 1989. Entre eles, estão diretores como Steven Spielberg, James Cameron e as irmãs Wachowski.
De lá para cá, a história deu origem a dois filmes de anime e duas séries de TV, assim como games, mas ainda não havia recebido uma adaptação à altura nos cinemas.
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A ficção científica entra na equação como uma embalagem atraente para o que importa: a discussão de conceitos filosóficos. Em meio a cenas de ação visualmente impactantes, a história quer mesmo é fazer o espectador pensar sobre o que define a humanidade, quais as fronteiras entre público e privado e como a tecnologia transforma as relações com o mundo.
É uma mistura de “Blade Runner” com “Matrix”, que funcionaria melhor se a discussão não ficasse ofuscada pela ação.
Veja o trailer de «Ghost in the Shell»: