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Fotógrafo brasileiro põe espectador no fogo cruzado árabe em ‘Zona de Conflito’

Preso e deportado em 2015, enquanto registrava histórias de quem insistiu em permanecer na cidade de Kobane, na Síria, após ataques devastadores do Estado Islâmico, o fotógrafo brasileiro Gabriel Chaim tinha a sensação de que sua missão ali ainda não estava terminada.

Seis meses após o episódio, ele retornou para a região – só que, dessa vez, com companhia: a equipe de produção de “Zona de Conflito”, série documental que estreia neste sábado (4), às 23h35, no canal pago History.

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O programa tenta mostrar o dia a dia de Chaim em sua volta a Kobane enquanto ele conhece personagens com vidas devastadas por guerras no Iraque e na Síria ao mesmo tempo em que explica a situação atual do povo curdo na região do Oriente Médio.

Logo no começo das gravações, a equipe de quatro pessoas se viu em risco real, em meio a um front, sob a ameaça de cinco ataques de morteiro do Estado Islâmico – tudo registrado pelas câmeras.

“Foi um choque para todo mundo, porque estávamos começando a gravar. Naquele momento todos nós ficamos com bastante medo. Você não sabe o que vai encontrar pela frente”, diz Chaim.

Os soldados com quem a equipe divide o bunker, no entanto, parecem tão familiarizados com as bombas quanto com as câmeras. “Na maioria dos casos, essas eram pessoas normais que começaram a lutar para defender sua terra. Tudo aquilo é motivo de orgulho. Eles topam essa empreitada midiática porque querem passar essa história adiante.”

O diferencial de “Zona de Conflito” está em colocar o espectador em meio ao fogo cruzado no qual o próprio fotógrafo se encontra. Para ele, a missão do programa é provocar empatia. “Não é muito fácil fazer o brasileiro parar para ver um problema tão distante, mas existe uma sensação de solidariedade com esse povo. Esse é um dos fatores mais interessantes de tudo, a coragem de levar isso ao ar”.

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