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Disco mantém força de Sabotage 13 anos após morte do rapper

Em janeiro de 2003, Mauro Mateus dos Santos foi morto aos 29 anos, com quatro tiros, na zona sul de São Paulo, após ter deixado sua mulher no trabalho. Ele estava no auge da carreira musical e ainda tinha muito a dizer, como visto em algumas gravações inacabadas. A partir delas foi produzido “Sabotage”, álbum póstumo com 11 faixas inéditas do Maestro do Canão, recém- lançado e disponível no serviço de streaming Spotify.

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Apesar dos versos terem sido escritos há mais de uma década, as faixas de “Sabotage” continuam atuais. A produção contemporânea deixa isso ainda mais forte.

Logo na primeira faixa, “Mosquito”, o toque moderno fica claro nas batidas do duo Tropkillaz, do hit “Tombei”, de Karol Conka. Além dele, também participam DBS, Negra Li, Quincas Moreira, Dexter, BNegão, Céu e Sandrão.

Os responsáveis por organizar as gravações de Sabotage e finalizar o disco foram Tejo Damasceno e Rica Amabis, do Selo Instituto, e Daniel Ganjaman, que participou da produção do icônico “Rap É Compromisso”, de 2001, e atualmente trabalha com Criolo. Assim como os outros colaboradores, eles deixaram de lado seus direitos sobre o álbum, que irão inteiramente para a família de Sabotage: a mulher Maria Dalva e os filhos Thamires e Wanderson, o Sabotinha.

A temática das canções é a mesma que Sabotage sempre cantou com sua levada rápida característica: a realidade que ele viu e viveu na favela do Canão, em São Paulo, onde jovens tentam se esquivar do crime e das drogas.

Além de ter deixado as gravações, Sabotage ainda atuou em dois filmes antes de morrer: “Carandiru” (2003), de Hector Babenco, e “O Invasor” (2002), de Beto Brant, com trilha sonora também assinada pelo rapper.

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