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‘Cronicontos’ de Carlos Drummond de Andrade ganham reedição

Reunindo contos, crônicas e, muitas vezes, um híbrido dos dois gêneros, o livro apresentava textos publicados entre 1957 e 1977, numa espécie de coletânea do melhor do autor, caso Drummond tivesse pretensão para tal.

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Essa seleção volta à tona agora com uma republicação da Companhia das Letras que acaba de ser lançada, mostrando como aqueles textos continuam atuais. A nova edição de “70 Historinhas” adota, inclusive, a apropriada nomenclatura de “cronicontos” para falar desses textos que tratam de infidelidades, amores, assassinatos, crianças e outros temas do cotidiano.

Com textos que raramente ultrapassam três páginas de extensão, Drummond consegue levar o leitor das lágrimas ao riso. Nesse universo, destacam-se a lírica “O Outro Marido”; a infantil “O Pintinho”; a tensa “Suspeito”; e a divertida “Prazer em Conhecê-lo”.

O posfácio do professor radicado em Brasília Edmílson Caminha torna a leitura ainda mais interessante.

Nele, rememora-se como Drummond se sentia pouco à vontade com a prosa. Apesar de seu talento nas duas formas, o escritor dizia fazer crônicas e contos “por obrigação” – tanto para ganhar dinheiro quanto para “salvar o tempo”. Ainda bem que o obrigaram.

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