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Mercado nacional de games carece de dados, afirmam especialistas

“Falta embasamento para conseguirmos discutir sobre nossa realidade local. O que existe são pesquisas de mercado encomendadas por empresas internacionais voltadas para a questão do consumo. Penso não só nessa perspectiva, mas também na de quem está produzindo”, diz o pesquisador Pedro Zambon.

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Ele é um dos participantes do painel “As dificuldades de pesquisar o setor de games no Brasil”, que acontece hoje, às 10h30, na Campus Party 2016, “festa” da tecnologia que segue até sábado no Anhembi.

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Zambon aponta ainda outro problema das pesquisas de mercado: cada uma adota uma metodologia própria, levando, às vezes, a dados contraditórios. Para ele, é importante pensar “de dentro para fora” a fim de levantar informações capazes de ajudar no estabelecimento de políticas de estímulo ao setor. “Já somos grandes consumidores. Precisamos nos tornar produtores e, para conseguir isso, devem existir meios de fomento”, diz o pesquisador.

Segundo Luiz Ojima Sakuda, professor do Centro Universitário da FEI que também participa do debate, o tamanho pequeno das produtoras é ainda um entrave para o levantamento. “São empresas com mortalidade alta, ou seja, não dá para fazer estudos a longo prazo. Só agora estamos começando a fazer uma série histórica, com números a cada dois anos”, afirma ele. Uma dessas empresas é a Swordtales, responsável pelo game independente nacional «Toren» (na foto), lançado em 2015.

Outro problema está na dificuldade de categorizar o setor. Como essa é uma indústria jovem, ainda não se sabe bem onde enquadrá-la, se na área de software ou da economia criativa, tornando ainda mais complicado levá-la a sério. “Já existe muita pesquisa acadêmica sobre cinema e animação, mas os jogos ainda são algo novo tanto para o pessoal da cultura quanto para o da tecnologia de informação”, constata.

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