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Johnny Depp fica careca para viver mafioso no cinema

Os melhores filmes de Hollywood são inspirados em crimes, política e família – e a verdadeira história de James “Whitey” Bulger inclui os três gêneros. Baseado no livro de Dick Lehr, “Aliança do Crime”, que estreia nesta quinta (12), aplica o carisma de Johnny Depp no papel da ovelha negra de uma família irlandesa pobre dos EUA. Enquanto o irmão dele vira senador (Benedict Cumberbatch) e seu melhor amigo de infância se torna agente do FBI (Joel Edgerton), Whitey acaba por se transformar em um dos mafiosos mais famosos dos EUA.

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Quanto você sabia da história de James Bulger antes de aceitar o papel?
Já estava muito familiarizado com a história desde o início, pois ela sempre me fascinou. Depois li todo tipo de livro a respeito, com abordagens distintas. Todos têm versões diferentes sobre o que realmente aconteceu.

Você conheceu os reais protagonistas da história?
Entrei em contato com o advogado de Bulger, Jay Carney, e pedi um encontro com Bulger [hoje preso, com 86 anos] para poder escutar sua própria versão dos fatos. Não sei o que aconteceu, mas recebi uma mensagem dizendo que Jimmy respeitosamente rejeitava meu pedido porque – como você pode imaginar – ele não gostava de nenhum dos livros que contavam sua história. Desde então, Carney disse que poderia me falar algumas coisas, mas que nunca iria colocar seu cliente em situação ridícula. Também há vídeos de segurança com ele e um pouco de áudio. E as pessoas do sul de Boston me ajudaram muito com o sotaque, que é muito diferente.

É possível interpretar um criminoso sem julgá-lo?
Minha intenção não era criar alguém endiabrado, porque não acho que ninguém seja assim de verdade. Eu o abordei como alguém multifacetado, humano, que tinha seu negócio. Como todos sabemos, há certos negócios que exigem pura violência.

Você se dá conta da transformação de sua carreira em Hollywood ou nunca se preocupou com as bilheterias de seus filmes?
Isso é uma luta constante! (risos) Desde os meus 19 anos sempre apostei apenas no que me interessava. Isso é a única coisa que me importa. E veja o que se consegue com 20 anos de fracassos.

Como você definiria o sucesso em nível pessoal?
Fico contente em conseguir levar cada papel que escolho para o lugar em que acredito que ele deveria estar, sentindo também que fiz um bom trabalho para o diretor, para mim mesmo e para o roteirista. Para mim, isso é sucesso. Bilheterias são outro tema. Não é um assunto meu.

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Há diferença em se transformar para viver um personagem real e outro fictício?
Você vai me dizer que o Chapeleiro Maluco nunca existiu? Nem Willy Wonka? (risos) Obviamente, quando você recebe um personagem fictício, é possível levá-lo para lugares muito estranhos – algo que aprecio muito. Mas, quando tenho que interpretar uma pessoa que realmente existiu ou existe, sinto muito mais responsabilidade sobre os ombros. É a responsabilidade de contar uma verdade até certo nível. Isso é muito importante, assim como também é importante ficar fisicamente parecido com o personagem retratado.

Veja o trailer:

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