Entretenimento

Balé da Cidade de São Paulo celebra obras ‘Adastra’ e ‘Cacti’ no Teatro Alfa

Trecho do espetáculo 'Adastra' | Sylvia Masini/divulgação
Trecho do espetáculo ‘Adastra’ | Sylvia Masini/Divulgação

ANÚNCIO

Após uma temporada 100% com coreógrafos brasileiros, o Balé da Cidade se volta agora para um programa com obras de dois estrangeiros que estão longe de serem desconhecidos da casa.

A série de quatro apresentações que vai de quinta-feira a domingo no Teatro Alfa traz de volta o bom humor, a vivacidade e a crítica do sueco Alexander Ekman em “Cacti”, que estreou ano passado, e revela uma novidade: a estreia mundial de “Adastra”, criada pelo espanhol Cayetano Soto especialmente para a companhia para a qual já havia montado “Canela Fina” e remontado “Uneven”.

O título do trabalho vem da expressão em latim “Per aspera ad astra”, que significa “Através do esforço, o triunfo”. Para o coreógrafo, essa é uma metáfora da vida, em que muitas vezes escolhemos o caminho mais difícil para conquistar nossos objetivos.

“Quando faço uma obra, faço também uma reflexão sobre como eu me sinto e, atualmente, estou em um ponto de muitas mudanças em minha vida. Penso que essa é uma forma de comunicação que tento fazer com o público e os bailarinos a partir de um sentimento meu que também é universal”, diz Soto.

Criada a partir de músicas para instrumentos de cordas do italiano Ezio Bosso, o trabalho mescla momentos de solos, duos e trios com um conjunto de 16 bailarinos.

A diretora artística da companhia,   Cardoso, define a obra como “matemática pura”. Já Soto prefere uma comparação com a arquitetura. “Quando você está criando, todas as peças têm que se encaixar para fazer a casa. Claro que tudo é muito matemático, mas no sentido de que não há lugar para a improvisação. O curioso é que posso até ler a partitura da música, mas nunca a conto”, diz.

ANÚNCIO

Cardoso atesta a vivacidade da organização dos movimentos do coreógrafo. “É tudo muito complicado, com entradas e saídas muito inesperadas e com uma intensidade incrível. A complexidade desse material coreógrafo é muito interessante e de uma técnica muito forte. Isso traz uma vibração e uma ressonância que coloca o público em um estado de expectativa”, diz ela.

Serviço

No Teatro Alfa (r. Bento Branco de Andrade Filho, 722, Santo Amaro, tel.: 5693-4000). Quinta-feira, às 21h; sexta-feira, às 21h30; sáb., às 20h; dom., às 18h. De R$ 40 a R$ 100.

ANÚNCIO

Tags


Últimas Notícias