
O sueco David Lagercrantz admitiu que escreveu em um estado «maníaco-depressivo» o quarto livro da série «Millennium», que recebeu o título de «A Garota na Teia de Aranha». Na véspera do lançamento em 25 países (incluindo no Brasil) Lagercrantz confessou que sentiu medo ao dar prosseguimento à obra de Stieg Larsson, morto em 2004 aos 50 anos,
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«Estava aterrorizado, eu dizia há muito tempo que era bipolar, em um estado latente, e acredito que foi uma coisa boa para escrever este livro», contou o sueco, nesta quarta-feira.
«Não era a pessoa mais fácil para conviver porque estava pensando o tempo todo nisto. Tinha medo todos os dias de não estar à altura», admitiu o escritor, visivelmente ansioso a respeito da recepção do livro.
O temor de Lagercrantz é justificável, afinal ele foi escolhido pelo pai e pelo irmão mais novo de Larsson. Como obra de referencia, o escritor ficou conhecido por ser coautor da biografia do atacante sueco Zlatan Ibrahimovic.
Neste quarto volume de «Millennium», lançado 11 anos depois da morte de seu criador, Lagercrantz dará continuidade à saga do jornalista Mikael Blomkvist e da hacker Lisbeth Salander, interrompida após a morte de Larsson.
A trilogia – «Os Homens que não Amavam as Mulheres», «A Menina que Brincava com Fogo» e «A Rainha do Castelo de Ar» – virou um fenômeno mundial, com quase 80 milhões de exemplares vendidos.
Os quatro livros da série ‘Millennium’ | Divulgação
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O primeiro livro inspirou duas adaptações para o cinema, uma na Suécia e outra em Hollywood – com Rooney Mara e Daniel Craig nos papéis principais.
Rooney Mara e Daniel Craig interpretam a hacker Lisbeth Salander e o jornalista Mikael Blomkvist na adaptação para o cinema de ‘Os Homens que não Amavam as Mulheres’ | Divulgação