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Nova geração do ‘Quarteto Fantástico’ estreia nos cinemas nesta quinta

No universo dos super-heróis, parece que narrar uma história apenas não basta: é preciso recontá-la de forma diferente a cada nova geração – pelo menos no cinema. Foi assim com o Homem-Aranha e os X-Men, e agora é a vez de uma equipe inteira passar pelo mesmo processo.

“Quarteto Fantástico”, que estreia nesta quinta-feira, reinicia a franquia levada às telas em 2005 com Ioan Gruffudd, Jessica Alba, Chris Evans e Michael Chiklis nos papéis de Reed Richards, Sue Storm, Johnny Storm e Ben Grimm –  personagens criados originalmente nas HQs, em 1961, por Stan Lee e Jack Kirby.

Para o lugar deles, o diretor Josh Trank e os estúdios Fox recrutaram uma trupe bem mais jovem do que se poderia esperar. Miles Teller, Kate Mara, Michael B. Jordan e Jamie Bell encarnam os jovens prodígios, que, após um experimento científico fracassado, passam a incorporar habilidades extraordinárias e se transformam, respectivamente, em Dr. Fantástico, Mulher-Invisível, Tocha Humana e Coisa.

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A ideia aqui é esquecer tudo o que já passou nos mais de 50 anos de existência dos personagens e criar do zero uma nova história para a origem dos poderes deles inspirados na série “Ultimate Fantastic Four”.

A maior novidade fica por conta da formação do antagonista, Victor Von Doom, que, antes de se transformar no vilão Dr. Destino, trabalha junto com a equipe liderada pelo Dr. Storm (Reg E. Cathey).

Razoavelmente curto para um filme de herói, o novo “Quarteto Fantástico” escanteou a ação e as possibilidades visuais advindas dos poderes dos personagens para apostar no drama e desenvolvimento de caráter deles. O problema é que uma série de fatores contribui para que isso não aconteça de fato. A produção não consegue mergulhar na suposta densidade presente neles nem tapar vários dos buracos abertos e esquecidos pelo caminho. Falta também qualquer timing cômico ao roteiro e ao novo elenco. Sem ação e história efetivas, o que sobra, ao fim, é muito pouco.

O resultado desaponta em especial se for levado em consideração que o Quarteto Fantástico é alvo de carinho especial dos fãs de quadrinhos, já que é tido como a primeira “família” da Marvel, com dramas e disfunções típicos de qualquer grupo humano, mas travestidos nas habilidades específicas de cada um, que precisam aprender a domá-las para viverem juntos.

A expectativa agora é que os erros sejam corrigidos na sequência anunciada para 2017, mas não adianta se animar por qualquer palhinha. Dessa vez não há nenhuma cena pós-créditos.

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