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Arquiteta do Masp, Lina Bo Bardi ganha exposições em seu centenário

Aspectos gráficos da produção da artista são recuperados nas mostras | André Porto/Metro
Aspectos gráficos da produção da artista são recuperados nas mostras | André Porto/Metro

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Com um olhar avant-garde, Lina Bo Bardi (1914-1992) criou projetos que entenderam as transformações urbanísticas pelas quais São Paulo passaria décadas depois.

Em resposta a um trânsito cada vez mais caótico e uma  cidade opressora, ela criou prédios que convidam ao encontro, como o Masp, com seu vão livre, e o Sesc Pompeia, com o uso inteligente de seus galpões pré-existentes.

A modernidade da arquiteta e designer, que faria cem anos em 2014, está sendo revista e celebrada em uma série de exposições em São Paulo. Duas delas abrem nesta quarta-feira.

“A Arquitetura Política de Lina Bo Bardi” explora três importantes projetos da artista de períodos distintos: o Solar do Unhão (na Bahia), o Masp e o Sesc Pompeia, que hospeda a mostra. “Ela lutou contra a transformação de São Paulo em uma cidade dura. Tanto é que seus projetos propõem outros tipos de espaço para a convivência, o que falta em São Paulo”, diz o arquiteto Marcelo Ferraz, que trabalhou com Lina e é um dos curadores da exposição.

Toda a concepção e os estudos para os três projetos serão apresentados em grandes caixas com uma praça instalada no meio, sintonizando assim as ideias da artista. “A arquitetura interfere profundamente na vida das pessoas, e ela a usava como sua arma política para melhorar o mundo.”

Menos conhecida, a faceta de designer de Bardi está contemplada na mostra “Lina Gráfica”, também no Sesc Pompeia, com trabalhos feitos entre 1940 a 1980 em revistas e edições institucionais.

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Até 9/11, o Museu da Casa Brasileira (av. Brig. Faria Lima, 2.705, Jardim Paulistano, tel.: 3032-3727) apresenta ainda  alguns dos projetos expositivos criados pela artista, enquanto a Casa de Vidro (r. Gen. Almério de Moura, 200, Morumbi, tel.: 3743-3875) projetada por ela, no Morumbi, hospeda a partir do dia 18 uma exposição do mobiliário desenhado por ela.

“Lina deixou poucos trabalhos, mas de uma contundência e força enormes. O povo brasileiro é o verdadeiro herdeiro dela, que tem o privilégio de ter esse legado e poder usar esses espaços”, conclui Ferraz.

 

Serviço – Sesc Pompeia (r. Clélia, 93, tel.: 3871-7700). Abre nesta quarta-feira. De ter. a sex., das 10h às 21h; sáb. e dom., das 10h às 19h. Até 14/12.

 

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